MAIS MILHO

DDG e DDGS brasileiros ganham cada vez mais espaço no mundo

Somente em 2023, segundo a Unem, US$ 180 milhões foram gerados com as exportações dos farelos

Ricos em proteína, com lugar de destaque na alimentação animal e cada vez mais presentes mundo, as exportações brasileiras de DDG e o DDGS, co-produtos da fabricação de etanol de milho, não param de crescer. Somente em 2023 foram quase 609 mil toneladas enviadas para o mercado externo.

Os números ligados às exportações mostram que em 2021 em DDG e DDGS foram enviados para o mercado internacional pouco mais de 1,1 mil toneladas e em 2022 o volume passou de 278,6 mil toneladas.

Conforme a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), a quantidade embarcada em 2023 representa cerca de 15% do total de farelo produzido.

A gerente de relações internacionais da Unem, Andrea Veríssimo, comenta que em termos de valores os embarques de 2022 somaram US$ 90 milhões. Já em 2023 os envios somaram US$ 180 milhões.

“Então, é uma curva realmente exponencial. A performance de exportação segue boa. Nós temos dados de janeiro e fevereiro já em US$ 36 milhões”.

Programas com foco nas exportações

Ainda segundo a gerente de relações internacionais, ações e programas voltados para a abertura de novos mercados estão em andamento. Tanto que uma parceria com a ApexBrasil foi firmada em 2023 com o intuito de promover os grãos de destilaria do Brasil.

“As empresas vão junto com a gente. Fazemos o posicionamento do produto como um todo”, salienta Andrea, em entrevista ao Canal Rural Mato Grosso.

A escalada das exportações de DDG e DDGs decorre da abertura de importantes mercados consumidores, como é o caso da Tailândia, Turquia, Nova Zelândia e do Vietnã, que sozinho foi responsável por 34% das compras.

“Nós somos muito jovens nas exportações, mas elas estão avançando muito rapidamente. No ano passado recebemos requisitos de exportações para esses países, então fica mais claro o que eles demandam exatamente. Estamos tentando trabalhar a abertura de novos mercados, também, principalmente o da China”.

A gerente de relações internacionais da Unem frisa ainda que a entidade vem conversando com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para saber quais são os requisitos da China, para tentar abrir tal mercado.

“Mas, ainda assim tem um mundo enorme à nossa disponibilidade. Hoje só os Estados Unidos que estão praticamente exportando DDG. A gente entra como um segundo player no mercado”, salienta.

Incentivo para a produção interna

Além de contribuir para o avanço da balança comercial brasileira, as exportações dos grãos de destilaria também cumprem um papel estratégico na cadeia produtiva do etanol de milho.

De acordo com o presidente da Unem, Guilherme Nolasco, não é que o mercado internacional “seja o objetivo de ser o nosso maior mercado, mas ele nos força a criar padrões de qualidade, organizar nossas empresas e ele serve como mecanismo importante para regular preços”.

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