MAIS MILHO

Abramilho: ideologia supera a técnica na reavaliação de defensivos

Na avaliação de especialistas a retirada de determinados ativos, além de gerar mais custos e reduzir produtividade, ambientalmente falando pode ser ainda mais prejudicial

“A ideologia supera os conceitos técnicos na reavaliação toxicológica de defensivos agrícolas no Brasil, prejudicando o setor produtivo”. A análise é da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). A questão foi um dos assuntos debatidos durante a live do projeto Mais Milho, na última quinta-feira (14).

O controle de pragas nas lavouras de milho continua sendo um grande desafio para os agricultores, ainda mais com o aumento das reavaliações de ingredientes ativos, como ocorreu com o paraquat, a atrazina e, mais recentemente, tiametoxam.

Atualmente, cerca de 50 ativos estão em reavaliação no Brasil.

“Hoje, a atitude tomada por alguns órgãos não é uma atitude técnica. E, esse é o problema. E aí pergunto, como é que vamos fazer para controlar essas pragas?”, pontuou o diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira, durante a live.

Conforme o setor produtivo e especialistas, a cigarrinha do milho e percevejo barriga-verde apenas são alguns exemplos que tiram o sono de quem produz alimento e tira do campo o seu sustento.

Fernando Grigolli, doutor em entomologia e pesquisador na área de proteção de plantas, destacou durante a live do projeto Mais Milho que, além de elevar os custos de produção, a retirada de alguns ativos pode ocasionar a perda de produtividade.

“Há um intervalo entre sair um produtor e chegar um substituto. Na verdade, é difícil chegar um substituto que tenha a mesma característica. Você vê o paraquat que saiu do mercado. Olha como a gente patina até hoje para posicionar os produtos que entraram no lugar”.

Ainda de acordo com Fernando Grigolli, “em algumas situações a gente chega a ter mais aplicações de produtos, o que ambientalmente falando pode até ser pior”.

O especialista ainda reforçou que é preciso “ficar muito ligado, porque a maioria dos processos de reavaliação são incitados pela Europa e muitas vezes para abafar o agro brasileiro, porque o Brasil produz comida para o mundo inteiro”.

Mais Milho Nova com Calpar

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