PROSA COM O DEVA

Pecuária: manejo nada nas mãos, um manejo de confiança

Técnica desenvolvida nos anos 1970 por um vaqueiro dos EUA a cada dia ganha espaço na pecuária brasileira

Um manejo baseado na confiança do animal. É assim que se traduz o chamado “Manejo Nada nas Mãos”. A técnica inventada na década de 1970 por um vaqueiro norte-americano e estudada por um médico veterinário nos anos 1980, foca no comportamento e instinto e vem ganhando a cada dia espaço no Brasil.

A técnica e o desempenho do “Manejo Nada nas Mãos” é o assunto desta semana do Prosa com o Deva, que conta com a presença do médico veterinário especialista em reprodução e melhoramento genético das raças zebuínas, Adauto Franco Filho.

O manejo, conforme Adauto, surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 com um vaqueiro que possuía uma percepção diferenciada para trabalhar com os bovinos. O profissional manejava o rebanho apenas com o comportamento e o posicionamento, sem nada nas mãos.

Já na década de 1980 um médico veterinário norte-americano, proprietário de uma consultoria especializada em bem-estar animal, se interessou pela metodologia e começou a estuda-la para entender como funcionava.

“Ele notou que era baseado em comportamento e instinto. O animal ganha confiança nas pessoas e a gente vai poder manejá-lo de forma mais tranquila”.

No Brasil o método começou a ganhar espaço nas propriedades em meados dos anos 2014, 2015. De lá para cá, a técnica foi sendo aperfeiçoada ao entendimento da raça zebuína.

“Eu tive contato em 2017 com a técnica e fui aprender como que funcionava e depois passar para as pessoas que lidam no dia a dia, para trazer uma melhoria do bem-estar tanto para os animais quanto para as pessoas que lidam com isso”.

Impacto do manejo

De acordo com Adauto, um dos pontos de impacto nas propriedades, principalmente para os colaboradores, é a questão da segurança.

Ele destaca que quando se trabalha com respeito aos animais, que enxergam, ouvem e sentem as coisas de modo diferente, há uma maior facilidade no trabalho.

“Quando eu me posiciono corretamente, quando eu enxergo corretamente como o animal deve vir, quando eu coloco isso para que ele respeite e caminhe dentro do curral, e não corra, a coisa muda toda de cenário”.

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