As incertezas diante o resultado da safra 2023/24 ainda pairam em Mato Grosso. Pouco mais de 4% da área de soja tende a ser replantada e alguns produtores replanejam suas intenções de cultivo no algodão e no milho. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), um levantamento à campo está sendo realizado com o intuito de averiguar a situação das lavouras.
Superintendente do Imea, Cleiton Gauer, pontua que falar sobre reduções de área, produtividade e produção nesta safra 2023/24 em Mato Grosso “é um item sensível neste começo”.
Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, desta quinta-feira (30), ele comenta que o levantamento in loco que está sendo realizado irá auxiliar a avaliar a situação, pois está sendo um ano-safra atípico, no qual em uma mesma região chega a chover em uma propriedade e na vizinha não.
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Ainda de acordo com Gauer, há produtores que estão reposicionando as áreas que iriam receber as sementes de soja, inclusive de casos de replantio, para a cultura do algodão.
“Ainda está bastante difícil de afirmar qual será o tamanho do impacto. Mas, realmente a gente já vê uma possibilidade de redução de produtividade em relação ao ano passado, que foi excelente. Se voltar a chover a gente tem uma redução desse risco climático e uma compensação dessa produtividade ao longo do tempo. Então, aquela quebra potencial pode reduzir”.
Redução de área no milho
O superintendente do Imea destaca que uma redução de área no milho segunda safra já estava prevista por questões de custos e clima. Uma nova projeção, revela ele, deverá sair na próxima.
Atualmente cerca de 62% da área de soja é destinada para o milho em Mato Grosso. Gauer salienta que uma reorganização da área de milho e até mesmo a possibilidade de alguns produtores não semearem a cultura na atual temporada não é descartada.
Tal reorganização e/ou desistência, explica ele, é decorrente as incertezas do comportamento do clima durante a colheita da soja, pois ainda há riscos com a janela ideal do cereal.
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