DIRETO AO PONTO

Ministério da Agricultura busca ‘fundo emergencial’ diante do El Niño

Requerimento de recursos para o próximo ano foi encaminhado ao relator do Orçamento da União pela pasta

As perdas em produtividade na cultura da soja, bem como do milho, para a safra 2023/24 ainda são difíceis de precisar. Contudo, as adversidades climáticas vivenciadas diante do fenômeno El Niño já apontam prejuízos no campo. Um requerimento de recursos de aproximadamente R$ 3 bilhões para 2024 foi encaminhado ao relator do Orçamento da União nesta semana pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) visando auxiliar os produtores prejudicados.

Enquanto o sul do país vive situações de excesso de chuvas e falta de luz para o desenvolvimento das plantas, em Mato Grosso e demais estados do Centro-Oeste, além do Matopiba, a seca e as altas temperaturas causam perdas na soja. Em Mato Grosso, por exemplo, já há quem afirme que não irá plantar o milho segunda safra diante os riscos da janela da cultura.

De acordo com o assessor especial do Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Ernesto Augustin, em bate-papo no programa Direto ao Ponto desta quinta-feira (23), o recurso seria uma forma de “fundo emergencial” diante do El Niño.

Ele comenta que milho de 100 sacas por hectare e soja de 50 sacas por hectare representam hoje para o produtor prejuízo. “E aí como que vai pagar o Finame, o investimento. Então estamos tentando deixar um fundo emergencial”.

Ações voltadas para 2024

Ainda conforme Carlos Ernesto Augustin, para 2024 diversas ações e projetos estão sendo trabalhados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária. Entre eles estão a diminuição das taxas de juros no custeio no Plano Safra e ações que impulsionem os trabalhos desenvolvidos pela Embrapa.

Já entre os projetos, a conversão de pastagem em agricultura é um dos focos. Tanto que, segundo o assessor especial, um decreto está sendo finalizado pelo governo federal que trará benefícios para quem financiar a conversão e seguir todos os requisitos solicitados. Ele explica ainda que com o decreto será possível se criar uma linha de financiamento no BNDES, ao qual se poderá contar com recursos de investidores internacionais.

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