DIANTE ESTIAGEM

Fórum Agro MT pede ao Mapa que seguro rural seja direcionado ao produtor

Aumento do volume do milho balcão e preço mínimo para suinocultura estão entre as demandas

As preocupações em torno da safra 2023/24 de soja são muitas. Além do estresse hídrico e altas temperaturas no plantio, agora são as chuvas em excesso que tiram o sono dos agricultores. A liberação do seguro rural de forma direta ao produtor seria uma das formas para amenizar os transtornos.

Tal liberação foi uma das demandas apresentadas pelo Fórum Agro MT, conforme o presidente Itamar Canossa, para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) durante reunião nesta segunda (15) com o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, em Cuiabá.

A reunião, como destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, reuniu representantes de diversos setores da produção estadual. E, segundo Itamar Canossa, a questão do seguro rural direto ao produtor, sem “um meio de caminho com as seguradoras”, irá ter um maior efeito positivo na ponta, em especial neste momento crítico.

O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, destacou que o Mapa vem acompanhando de perto a situação climática em Mato Grosso e demais estados da região centro-oeste, bem como em outras localidades produtivas do país.

Neri Geller classificou ainda a questão da seca no estado como “preocupante” e as demandas e propostas apresentadas pelo setor produtivo serão levadas para o Ministério, assim como as de outros estados.

“Vamos estar atentos, vamos ajudar o setor. Mas, vamos esperar que as demandas venham, que as propostas venham para que possamos consolidar isso internamente com o governo”.

Medidas em momento crítico

Ainda conforme Neri Geller, algumas medidas já estão sendo estudadas dentro do Mapa, como é o caso da possibilidade de uma linha de crédito voltada para a renegociação do custeio em dólar.

Sobre a demanda apresentada quanto ao acesso ao crédito, Neri Geller salientou que “é compreensível, porque as taxas de juros são exageradas”.

“O nosso produtor sabe do que estou falando. Taxas de juros de 14%, 15%, 17%, com preço lá em baixo [da saca], dificultando muito o acesso ao crédito. Recebemos, também, demanda quanto a garantia de preço mínimo em alguns casos, fortalecer mais o seguro rural”.

Milho balcão e preço mínimo

Entre as demandas apresentadas ao secretário de Política Agrícola, salienta o presidente do Fórum Agro MT, Itamar Canossa, está a liberação de linhas de custeio para a produção de sementes e pulses, “uma vez que são atividades que não possuem acesso a alguns custeios agrícolas”.

Outro ponto foi o aumento do volume do milho balcão. “Foi uma solicitação da suinocultura e pecuária, porque o volume que a Conab disponibiliza de 27 mil quilos por CPF ao mês é insuficiente até mesmo para os pequenos produtores rurais”.

Além do milho balcão, o setor da suinocultura apresentou ainda a demanda quanto a continuidade do trabalho do preço mínimo para atividade. Itamar Canossa destaca que tal permanência é de suma importância, pois as crises no setor são “cíclicas e elas acontecem de forma periódica e toda crise ela acaba acontecendo porque o preço do suíno vendido acaba sendo menor do que o custo de produção”.


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