O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou na noite desta quinta-feira (9) que os recursos destinados ao programa de linha de crédito do BNDES para o setor agropecuário não foram suspensos e sim “acabaram” diante da demanda represada. Em 30 dias, R$ 2,9 bilhões foram liberados pelo governo federal para o setor.
“Alguns mal informados ou, talvez, mal intencionados, dizem que o programa já foi suspenso e não foi. Ele foi retomado. Estava suspenso desde outubro. Retomamos os investimentos no setor na ordem de R$ 2,9 bilhões e o anseio e desejo do setor era tão grande que em uma semana o recurso acabou”, declarou Carlos Fávaro durante a possa da nova diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), em Cuiabá (MT).
O ministro destacou ainda que “estamos providenciando mais recursos para continuar investindo, acreditando e trazer oportunidades de crescimento para esse setor”.
Governo e BNDES afirmam que não encerraram linhas de crédito
Em nota, divulgada nesta quinta-feira (9), o governo federal e o BNDES destacaram que “Nenhuma linha de crédito foi fechada. Pelo contrário, as linhas suspensas foram restabelecidas”.
Além disso, frisam que “A nova diretoria do BNDES, de fato, priorizou a alta demanda dos produtores rurais e suas cooperativas e viabilizou R$ 2,9 bilhões de recursos adicionais” e que, “Contudo, a procura por crédito foi muito acima do volume disponível no momento, fator que ocasionou o rápido consumo dos recursos pelo setor, dada a total escassez herdada pelo governo atual”.
Confira a nota na integra do governo federal e BNDES:
Para restabelecer a verdade em torno do assunto linha de crédito para o setor agropecuário, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República torna público que o Governo Federal e o BNDES, cientes das demandas do setor, trabalham continuamente para viabilizar recursos e disponibilizá-los, com a maior brevidade possível.
Esse propósito foi o motor da reabertura, em janeiro de 2023, das linhas de crédito para o setor que foram suspensas ainda em outubro de 2022 pelo governo passado. Foram dois meses sem qualquer recurso, justamente na época em que ele era mais necessário.
A nova diretoria do BNDES, de fato, priorizou a alta demanda dos produtores rurais e suas cooperativas e viabilizou R$ 2,9 bilhões de recursos adicionais.
Contudo, a procura por crédito foi muito acima do volume disponível no momento, fator que ocasionou o rápido consumo dos recursos pelo setor, dada a total escassez herdada pelo governo atual. Um novo ciclo de abertura de crédito começará, logo que novos recursos estejam disponíveis.
Não há qualquer dúvida sobre a importância do crédito e do setor agropecuário para a economia do Brasil. Quem tenta plantar mentiras sobre essa realidade, aposta em uma versão de que o crescimento econômico é inimigo da responsabilidade social e da sustentabilidade. Nada mais errado!
No ano passado, o Banco, ciente da elevada demanda do setor, havia pleiteado R$ 34,5 bilhões a serem utilizados entre mais de 10 programas de crédito. Mas o Plano Safra do governo passado disponibilizou apenas R$ 19,8 bilhões de limite equalizável. Em 2023, o Governo Federal irá reposicionar o setor agropecuário em seu lugar de prioridade – e de direito.
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