Valorizar e incentivar a produção sustentável do agronegócio e da indústria de Mato Grosso sempre foi o foco do Instituto Ação Verde, que completa nesta semana 15 anos. Atualmente ele é mantido pela Aprosoja-MT, pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e pelo Sindalcool.
O presidente Adilson Valera Ruiz destaca que a principal ação feita é a de conscientização de possibilidades que a sustentabilidade tem em cada negócio de cada setor do agro.
Um exemplo disso é a ação Verde Rio, que promove a recuperação de áreas degradadas em margens de rios. Em especial do Rio Cuiabá, Rio Paraguai e Rio São Lourenço.
Projetos do Ação Verde
Entre as iniciativas durante estes 15 anos, a criação da primeira plataforma de gestão de ativos ambientais da América Latina é destaque. A Plataforma de Negócios em Bens e Serviços Ambientais e Ecossistêmicos de Mato Grosso (PNBSAE-MT) facilita o acesso das empresas aos projetos desenvolvidos para mitigação de mudanças climáticas. O serviço promete transparência, confiabilidade, rastreabilidade e credibilidade para os créditos de carbono transacionados.
De acordo com Ruiz, em torno de 600 mil toneladas de carbono já foram certificadas, validadas e verificadas. “Dessas, 10% já foram comercializadas”, diz.
Para o futuro, o Instituto Ação Verde quer fortalecer ainda mais o investimento na economia verde. Um dos novos projetos é o Protocolo da Ureia, que deve ser lançado nos próximos meses com o objetivo de reduzir pela metade a utilização do insumo nos campos de Mato Grosso. Segundo o diretor-executivo do Instituto, Álvaro Leite, “a meta é reduzir essa ureia em até 50% nas propriedades e ter o mesmo resultado no final da colheita. Isso vai reduzir o custo de produção e pode virar crédito de carbono”, afirma.
*Sob supervisão de Luiz Patroni.