O plantio do algodão 2024/25 em Mato Grosso está 41,90 pontos percentuais atrasado em relação ao ciclo passado. Até sexta-feira (31), 53,48% da área prevista havia recebido as sementes. A situação, em decorrência das chuvas, eleva a cada dia a preocupação dos cotonicultores.
No ano passado nesta mesma época, o estado contava com 95,37% da área de algodão semeada. A média histórica dos últimos cinco anos, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), é de 72,36%.
As regiões mais adiantadas são a sudeste e a nordeste com 73,49% e 70,56% de suas respectivas áreas plantadas. Já o médio-norte e o centro-sul surgem em seguida com 49,79% e 49,17%.
Segundo o Imea, o oeste do estado é o mais atrasado com apenas 41,38% da cultura semeada e o noroeste com 41,71%.
Preocupação com atraso no algodão
Na última semana, a Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) destacou a preocupação dos produtores quanto ao atraso nos trabalhos em colocar a semente no solo. De acordo com a entidade, cerca de 30 municípios já decretaram situação de emergência devido ao excesso de chuvas.
A situação em torno do excesso de chuvas, frisou o presidente da Ampa, Orcival Guimarães, aumenta os desafios da cotonicultura para cumprir os prazos da semeadura da temporada 2024/25, principalmente pelo fato de Mato Grosso ser o maior produtor de algodão do país.
“Esse atraso preocupa, pois o ciclo do algodão é sensível a fatores climáticos, e qualquer alteração no cronograma de plantio pode afetar a produtividade da colheita”, disse Orcival Guimarães.
Orcival enfatizou ainda que o atraso no plantio do algodão pode afetar tanto a rentabilidade do cotonicultor mato-grossense quanto a oferta da fibra para a indústria têxtil.
“A expectativa agora é que as condições climáticas melhorem e que os produtores consigam recuperar o tempo perdido”.
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