O tamanho da segunda safra de milho 2023/24 em Mato Grosso ainda é uma incógnita. Com 100% das lavouras cultivadas e em pleno desenvolvimento, o que se sabe é que o estado, maior produtor do grão no país, vai colher bem menos em relação ao ciclo passado. Fato que, somado aos preços pouco atrativos, tem levado os produtores a terem cautela na hora da comercialização.
A safra 2023/24 de milho deve registrar uma área inferior a 6,95 milhões de hectares. As perspectivas, conforme a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), é que a produção registre uma baixa de 20%, em comparação a temporada passada.
Além da redução de área, a produção deve ser impactada pela queda na produtividade, uma vez que o investimento tanto no uso de nitrogenados quanto na tecnologia de sementes foi menor.
“Tivemos algumas áreas em Mato Grosso com falta chuva. Agora elas têm voltado, porém tarde para muitas regiões em que faltou chuva no momento do desenvolvimento do milho no estado vegetativo”, comenta o presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.
Conforme Lucas, apesar de algumas localidades estarem registrando um volume de chuvas acima do “normal” para o período, teme-se o corte das mesmas, principalmente para as áreas plantadas na reta final da janela ou fora dela.
Preço do milho ainda em baixa
Além da incerteza quanto ao futuro da safra, o baixo valor do grão também preocupa. O preço médio do milho paridade no estado, nos contratos com vencimento em julho, fechou a semana em R$ 28,19 a saca. Pouco menos da metade do praticado há um ano de R$ 57,43.
O reflexo é o pé no freio do produtor rural, que aparece em números. Até o final de março, os agricultores de Mato Grosso haviam vendido menos de 27% da produção de milho estimada para esta segunda safra, que gira em torno de 43 milhões de toneladas. O volume, se concretizado, será cerca de nove milhões de toneladas a menos que o colhido na última temporada, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ao se comparar com os dados da safra passada, nesta época, apontam os dados do Instituto, a comercialização também estava mais lenta que o costume, ultrapassando os 33%. Já a média histórica para o período no estado é de 59% da produção negociada antecipadamente no período.
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