Produtores de algodão em Mato Grosso elevaram a área destinada para a temporada 2023/24 em 13,57%. O maior incremento na cultura é observado nas áreas de primeira safra, semeadas em dezembro, de 42,57%. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a intenção do produtor em ampliar o espaço destinado para a fibra decorre da redução de custo e maior rendimento frente ao milho.
Mato Grosso semeou até o dia 2 de fevereiro 95,37% da área prevista para o algodão. O Imea frisa que tal percentual permitiu uma mensuração mais precisa da intenção de plantio do cotonicultor.
A nova estimativa aponta uma área de 1,366 milhão de hectares. Extensão superior aos 1,202 milhão de hectares destinados no ciclo 2022/23. Ao se comparar a variação mensal há um leve incremento de 0,86%.
Da extensão prevista para a primeira safra de algodão foram destinados 264.126 hectares, enquanto para a segunda safra 1,102 milhão de hectares. Na temporada passada haviam sido 185.255 hectares e 1,017 milhão de hectares, respectivamente.
“O cenário foi pautado pela maior rentabilidade da fibra em relação ao milho, ao passo que a ampliação da área foi possibilitada pela redução no custo de produção da cotonicultura”, explica o Imea.
Apesar do aumento da área, o Instituto salienta que com relação à produtividade não houve reajuste. Sendo assim, a perspectiva segue projetada em 284,34 arrobas por hectare, 8,61% inferior ao registrado na safra passada.
Clima e produção de algodão
O Imea reforça que o fenômeno El Niño, que dificultou o ciclo da soja, segue sendo um ponto de atenção do produtor rural em Mato Grosso, uma vez que ainda há relatos de chuvas irregulares.
De acordo com o Instituto, tais irregularidades podem impactar o rendimento final
da pluma. “Sendo assim, com o ajuste na intenção de área, a produção de algodão em caroço ficou estimada em 5,83 milhões de toneladas, elevação de 3,79% em relação à safra 2022/23”.
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.