
Mato Grosso registrou em 2025 o menor índice de focos de calor em quase três décadas. O balanço oficial do período proibitivo somou apenas 7.202 ocorrências, resultado de uma combinação de fatores onde o produtor rural atuou como parceiro essencial na prevenção. Esse desempenho histórico, uma queda de 77,6% na média, reforça o argumento do setor produtivo: o manejo e a vigilância nas propriedades são prioridade, pois “o produtor rural não é o causador, ele é vítima do incêndio”.
Ao se comparar com o período em 2024, a retração é de 82%. No ano passado, o Estado somou 41.138 focos de calor durante o período proibitivo.
O desempenho, como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, coloca Mato Grosso na 16ª posição no ranking nacional e reflete uma combinação de fatores: investimentos públicos de R$ 125 milhões em prevenção e combate, resposta rápida das equipes do Corpo de Bombeiros e apoio direto de produtores rurais.
Segundo os dados oficiais apresentados pelo Governo de Mato Grosso na última segunda-feira (1º), 51% dos incêndios tiveram início em áreas federais e terras indígenas — que representam apenas 21% do território estadual. Nenhum incêndio originado em áreas estaduais avançou para dentro de áreas federais neste ano.
“O pecuarista é o primeiro interessado em evitar o fogo. Um incêndio destrói pasto, cerca, animais e interrompe totalmente a rotina da propriedade. Não existe benefício algum para o produtor; pelo contrário, o prejuízo é imediato e grande. Por isso, investimos em manejo, vigilância e parceria com as equipes de combate para proteger nossas áreas”, afirma o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Junior.
Produtor como vítima, não causador
O dirigente ressalta que os dados oficiais “comprovam que o fogo não começa onde há produção. O produtor rural não é o causador, ele é vítima do incêndio”. A entidade tem reforçado programas de prevenção de queimadas, com distribuição de cartilhas e orientações práticas para que os pecuaristas estejam preparados e evitem tragédias em caso de incêndio.
Além da participação dos produtores, o balanço oficial mostra que a estratégia de combate foi decisiva: 9.049 atendimentos, tempo médio inferior a uma hora, 855 horas de voo e 5,4 milhões de litros de água lançados. No Pantanal, 72% dos incêndios não ultrapassaram cinco hectares; em Poconé, o índice chegou a 95%, evitando que os focos se transformassem em eventos incontroláveis.
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