O cultivo de flores tropicais tem agregado renda e melhoramento genético em Tangará da Serra, centro-sul de Mato Grosso. A produção dessas espécies ornamentais são focadas em propriedades rurais que pretendem ter uma produção em pequena escala.
Alpinia vermelha, helicônia e o bastão imperial são flores pouco exigentes quanto a adubação e não apresentam problemas com pragas e doenças. O fator limitante entre elas é que precisa haver disponibilidade para irrigação no tempo seco.
A engenheira florestal, doutora em botânica e professora do curso de agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), campus Tangará da Serra, Celice Alexandre Silva, desenvolve pesquisas com flores tropicais há 11 anos.
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Segundo ela, em entrevista ao programa MT Sustentável dessa semana, o foco da pesquisa desenvolvida pela instituição de ensino é o produtor de pequena escala. Isso porque, oferece a oportunidade de agregar renda à propriedade além de, melhorar o manejo.
“É preciso saber para quem vai vender. Se está em um local onde tem público consumidor, o produtor tem para onde escoar a produção”, afirma Celice.
O mercado para essas flores é bastante promissor e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), as flores tropicais respondem por apenas 1% do total das comercializadas no Brasil.
Tais fatores convenceram a florista e engenheira florestal Jéssica Trevizoli, a entrar no negócio das flores tropicais. “Logo que me formei, tive um interesse muito grande por flores e comecei a fazer pesquisas sobre esse mercado”.
O interesse surgiu diante de uma aula de campo na Unemat. O apreço começou pelas condições climáticas do campo, serem parecidas com a da propriedade da família. Atualmente, as flores já ocupam quatro hectares, quase metade da área do sítio.
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A mãe da Jéssica, Neuza Trevizoli é a responsável pelos cuidados com a plantação e pelo financeiro.
“Eu sou muito exigente porque quero entregar um produto de qualidade. A flor é lucrativa porque tudo o que temos, é do dinheiro que vem dela. Não tiramos nada do nosso bolso para investir nisso”, pontua.
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