LIVE MAIS MILHO

Tecnologia à base de organismos biológicos pode contribuir com a evolução da safra de milho

O estudo é desenvolvido por pesquisadores americanos e tem o intuito de substituir o nitrogênio sintético pelo biológico, por meio do tratamento de sementes no milho

A tecnologia está cada vez mais a serviço do agricultor, que busca atingir o máximo potencial de produtividade, com redução de custos e maior sustentabilidade. O uso de bactérias de solo, através de melhoramento genético, por exemplo, pode substituir o nitrogênio sintético pelo biológico, por meio do tratamento de sementes.

A utilização de organismos biológicos nas lavouras de milho segunda safra estão em testes no Brasil, e visa auxiliar em ganho de produtividade, redução de custos e na sustentabilidade da produção.

Tal tecnologia vem sendo estudada por dois pesquisadores americanos nos últimos anos, fundadores da startup americana Pivot Bio, que tem atuação no Brasil.

A pesquisa foi o tema da live “Inovação no Campo: tecnologia a base de organismos biológicos a serviço do milho segunda safra no Brasil” na noite de quinta-feira (23), que integra a  oitava edição do projeto Mais Milho, realizado pelo Canal Rural Mato Grosso, pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).

O diretor geral startup americana Pivot Bio, Márcio Farah, contou que a pesquisa surgiu da constatação de que algumas bactérias no solo tinham a capacidade de converter nitrogênio no formato gasoso em amônia.

“O que eles fizeram com essas bactérias, para torná-las tão mais potentes do que elas são naturalmente, foi um trabalho de edição gênica. É um conceito muito novo. Ele não é transgênico, pois não recebeu nenhum pedaço genético de um outro organismo. Ele não é geneticamente modificado”.

Nos Estados Unidos, primeiramente, o produto foi trazido para uso na agricultura em formulação líquida e depois em formulação para tratamento de sementes, que vem sendo utilizada em testes nas lavouras brasileiras.

“O modo como essa bactéria trabalha é muito inteligente, porque ela trabalha num conceito de simbiose com a planta. Ela transforma o nitrogênio do ar em perfeita simbiose com a raiz da planta, troca açúcares com a planta, fornece amônia e a planta utiliza essa amônia dentro do seu ciclo de crescimento”, explicou Márcio Farah.

Conforme o diretor geral da Pivot Bio, na atual formulação a tecnologia possui a capacidade de substituir cerca de 30 quilos de nitrogênio por hectare.

“Essa troca, substituição do nitrogênio sintético por essa bactéria passa por uma série de benefícios para o agricultor. A primeira e mais direta é a operacional. Eu estou deixando de ter tantas bags, tantas toneladas de ureia para ter um produto que aplica 70 mililitros (ml) por saca de semente ou hectare”.

Entre outros benefícios da tecnologia em teste, além da redução de custo e da questão operacional, é quanto a sustentabilidade.

“Todo mundo fala que o agro brasileiro é sustentável e é mesmo. E aqui nós temos uma ferramenta à mais para tornar esse agro cada vez mais sustentável”, salientou Márcio Farah.

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