O excesso de chuvas no Rio Grande do Sul tem proporcionado inúmeros desafios para os produtores de milho primeira safra. Desde pragas, como a cigarrinha e o percevejo, a doenças favorecidas pela umidade e o manejo prejudicado pela grande quantidade de chuvas.
Entretanto, alguns produtores estão “conseguindo driblar” a situação, apesar de todas as dificuldades. O planejamento, a orientação técnica e a utilização correta dos produtos, são alguns dos segredos que fazem toda diferença para o sucesso da safra, conforme apontam especialistas.
Produtor rural em Passo Fundo, Diones Carmo Junior sofreu dois anos com a seca que castigou o estado. Agora é a chuva que atrapalha o andamento da safra de milho. Contudo, apesar da falta de sol, o cenário ainda pode ser considerado positivo em sua avaliação.
“Eu acho que a safra de milho vem muito bem perto da quantidade de chuva que a gente está tendo. Na área aqui, nós já tivemos mais de mil milímetros desde a implantação da cultura e por esse volume e pelo stand de plantas, a condição que a lavoura está é muito boa”.
Diones comenta que na propriedade foram registrados problemas com percevejo no início da cultura, bem como alerta de cigarrinha. Ele salienta ainda que em decorrência as chuvas tiveram também que adequar o manejo.
“Entramos com manejo específico para caruru, que não estava previsto. Tivemos algumas dificuldades com manejo de nitrogênio, com a ureia por causa do excesso de chuva. Basicamente, eu acho que ninguém conseguiu acertar uma aplicação de ureia no Rio Grande do sul por excesso de chuva em cima”.
Manejo adequado e orientação técnica
Segundo o agrônomo da Bayer, Sidinei Ritter, os produtores estão cada vez mais abertos e curiosos em testar, experimentar coisas novas que visam melhorar o sistema.
“[Estão] olhando com uma visão sistêmica para dentro da propriedade, quais são os detalhes que possa ajustar com a intenção de maximizar cada vez mais a produtividade. É nesse olhar clínico das coisas que a gente consegue buscar novas alternativas para alavancar ainda mais essa produtividade”.
O especialista destaca que é preciso estar preparado para as mudanças que podem ocorrer, principalmente quando o assunto é clima.
“Quem não está preparado diante dessas mudanças acaba muitas vezes sofrendo impacto e perdendo produtividade. Se eu tiver o meu sistema preparado, uma cama bem feita para receber a semente, controle das plantas daninhas, a planta vai ter mais espaço, um ambiente melhor para superar esse clima muitas vezes desafiador”.
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