MAIS MILHO

Planejamento de longo prazo ajuda a superar desafios da safra de milho no RS

Estado enfrentou cigarrinha no início do plantio do milho e perdas em produtividade com o excesso de chuva

A safra de milho no Rio Grande do Sul não tem sido como a esperada pelos produtores. Além de enfrentar a cigarrinha no início do plantio, a chuva em excesso vem proporcionando perdas de produtividade. Entretanto, aqueles que se prepararam e intensificaram o manejo estão conseguindo ver melhores resultados.

Com registros de volumes de 150, 180 milímetros de chuva, o agricultor gaúcho Cristiano Wentz enfrentou as mesmas dificuldades a grande maioria dos produtores do estado. Ele comenta que a perda do nitrogênio aplicado na lavoura, por conta das chuvas, deve impactar na produção.

“Se não tivéssemos tido essa chuva pesada, nós teríamos uma produção melhor”, conta ele.

Conforme o agricultor, mesmo com a perda de peso do grão, a expectativa é colher 200 sacas de milho por hectare. Resultado que se concretizar não será nada mal para uma safra desafiadora.

“Eu acho que o segredo é monitoramento. É importante caminhar na lavoura, identificar os problemas para não deixar de fazer os manejos necessários. Tem uma brincadeira de que o milho é a cultura dos pouquinhos. Se botei pouquinho aqui e menos ali, você perde no final. Então, tem que cuidar esses pouquinhos para ter uma boa produtividade”.

Planejamento é a palavra certa

Conforme o agrônomo de desenvolvimento de mercado da Bayer, Willian Pelisser da Rosa, apesar dos problemas enfrentados nesta safra pelos produtores gaúchos, o resultado observado na lavoura de Cristiano poder ser considerado positivo diante do planejamento feito por ele.

O especialista destaca que a manutenção de um padrão de aplicações contra a cigarrinha e o percevejo, bem como da programação de fungicidas, são essenciais.

“Quem tem um bom planejamento sofre bem menos do que talvez aquele produtor que muitas vezes ou não acredita que pode sanar os problemas ou que não usa as melhores ferramentas, as melhores soluções. O monitoramento obviamente é importante, mas muito mais do que isso é você estar preparado”.

E, ao contrário de alguns produtores do Rio Grande do Sul que já pensam em reduzir a área destinada para o milho na próxima safra, o agricultor Cristiano afirma que manterá a mesma área da atual temporada.

Segundo ele, as próximas quatro safras já estão planejadas, o que, mesmo em uma safra difícil, faz toda a diferença.

“Nos próximos quatro anos sei onde o milho vai estar, porque a gente entende que esse é o melhor controle de doenças para a soja”.

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