O baixo preço pago pela saca de 60 quilos e o clima incerto nesta temporada 2023/24 são apontados como os principais fatores para um recuo de 6,27% na área destinada ao milho segunda safra em Mato Grosso. A retração na extensão a ser semeada, somada a projeção de redução na produtividade, deve causar um decréscimo de 16,67% da produção.
Na última semana a quarta estimativa de safra 2023/24 do milho do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou para a segunda safra uma área de 7,022 milhões de hectares. Uma redução de 2,5% na variação mensal e de 469.623 hectares (6,27%) ao se comparar com os 7,492 milhões de hectares da temporada 2022/23.
De acordo com a gestora de desenvolvimento regional do Imea, Vanessa Gasch, a rentabilidade e o clima incerto são os dois fatores que influenciaram na decisão do produtor em reduzir a área de milho nesta temporada.
“Estamos vendo uma rentabilidade negativa para o milho nesta safra. É claro que a gente tem que colocar na conta também que o produtor faz a primeira safra de soja. Então, acaba que as duas culturas juntas uma balanceia a outra”.
Ainda conforme a gestora do Imea, os números são apenas uma estimativa e que serão revisados ao longo da safra.
Produção de milho menor após dois recordes
O Imea manteve em seu levantamento na semana passada a perspectiva de produtividade em 103,85 sacas por hectare. Entretanto, em relação à safra 2022/23 estima-se uma retração de 11,09% ante as 116,80 sacas colhidas em média por hectare. No ciclo 2021/22 a produtividade média do estado ficou em 102,23 sacas por hectare.
Diante da retração de área e produtividade, Mato Grosso deverá colher na segunda safra 2023/24 um volume de 43,754 milhões de toneladas de milho. Tal perspectiva representa uma queda de 8,750 milhões de toneladas (16,67%) ante as 52,2 milhões de toneladas colhidas na temporada 2022/23, e cerca de 84 mil toneladas (0,19%) ao resultado da 2021/22.
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