Os desafios a serem enfrentados nesta safra 2024/25 de milho são “grandes”. É o que afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), Paulo Bertolini.
De acordo com Paulo Bertolini, neste momento, o clima é um dos que merece atenção, uma vez que não se sabe como será o comportamento do mesmo no decorrer da segunda safra, que normalmente traz uma produção de aproximadamente 100 milhões de toneladas.
Ao projeto Mais Milho, o presidente da Abramilho destaca que o ano de 2025 também conta com “desafios que estão longe do nosso controle”, à exemplo da insegurança jurídica e como irá se comportar o Marco Temporal na questão do direito à propriedade.
A lista conta ainda com as exigências crescentes de países consumidores, em especial da União Europeia, em cima de questões ambientais, além da reforma tributária brasileira.
Infraestrutura, logística e armazenagem deficitárias para o milho
No que tange a infraestrutura e a logística, o presidente da Abramilho frisa ao Canal Rural Mato Grosso, que elas continuam sendo um desafio enorme para os agricultores, principalmente de milho, em função de estradas e ferrovias inadequadas ou inexistentes, bem como o número de portos insuficientes para o escoamento para o mercado externo.
Sobre o déficit de armazenagem, Paulo Bertolini destaca que hoje no Brasil este chega a 120 milhões de toneladas.
“E como o milho vem depois da soja, o milho da segunda safra já encontra os silos cheios com produto de valor agregado maior e acaba que esse cereal tem que ser armazenado à céu aberto”.
Questões como a distribuição de energia elétrica e conectividade no campo continuam na lista de desafios da produção brasileira, assim como os altos custos de produção, que são impactados com as oscilações do dólar, e as incertezas trazidas pela intervenção governamental com taxas de importação e exportação.
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