O Brasil já importou cerca de 1,6 milhão de toneladas de soja para suprir a sua demanda interna. O volume, conforme o diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Moraes Rosa, é considerado recorde, superando os números dos últimos 10 anos.
Ao programa Direto ao Ponto desta semana, ele comenta que ao se fazer um balanço da safra 2023/24 de certa forma já era esperado o cenário observado.
“Hoje se procura soja para comprar e não tem. Os estoques são os mais baixos dos últimos 10 anos. Já importamos 1,6 milhão de toneladas. Batemos o recorde de importação dos últimos 10 anos”.
Ainda segundo ele, diante do baixo estoque, os preços estão começando a reagir em algumas praças, a exemplo de Rondonópolis a R$ 138 a saca de 60 quilos.
“Está reagindo forte agora, porque a estimativa que fizemos de safra não estava equivocada. Houve uma queda entre 10 milhões e 15 milhões de toneladas e isso não arrefeceu as exportações. Ainda exportamos muito”, comenta o diretor executivo da Aprosoja Brasil.
Fabrício Rosa salienta ainda que o Brasil já bateu em termos de exportações as estimativas da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), que eram de 90 milhões de toneladas, aproximadamente.
“Já batemos esse valor. Estamos com 91 milhões de toneladas exportadas. E o processamento interno ficou em torno de 54 milhões de toneladas, é praticamente uma manutenção em relação ao ano anterior”, diz em entrevista ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Sobre um aumento no consumo interno da soja, diante da produção do combustível do futuro, do biodiesel, o diretor executivo da Aprosoja Brasil frisa que não há dúvidas.
“Eu acredito que o que vai impulsionar, inclusive, esse ano o Brasil a importar mais soja é justamente para dar vazão a necessidade de produção de óleo, de biodiesel. O Brasil se comprometeu a fazer. Então para honrar com essa demanda, que está realmente crescendo, o país vai ter esse ano que importar”.
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