A política do biodiesel que faz parte do projeto de lei do combustível do futuro é dar uma perspectiva para o aumento da industrialização no Brasil. O diretor executivo da FPBio, João Henrique Hummel, conta ao Direto ao Ponto dessa semana que dessa forma, é possível ter um equilíbrio na cadeia produtiva.
“E essa política do combustível do futuro é isso, somar cada vez mais importância para o processo de transição energética”, explica Hummel.
Essa política, de acordo com Hummel, deu a oportunidade de aumentar o teor de biodiesel e aumentar o teor de etanol de gasolina. Ele ainda traz como exemplo, o SAF (combustível de aviação) e o diesel verde. “Assim, você fortalece a agricultura sem competir com o alimento”.
“O Brasil é eficiente, é o único que tem duas safras. Posso produzir soja e milho e isso se transformar em energia, posso aumentar esse ciclo e a cada dia tirar a necessidade do combustível fóssil”, afirma.
Para Hummel, nesse momento a tributação não é o que importa e sim, garantir a atividade e o fortalecimento da agricultura brasileira.
“O combustível do futuro não tá pensando somente em produzir um combustível mais limpo. Está pensando em fortalecer o emprego no Brasil, a industrialização, pensando na transição energética e onde nós somos mais competitivos”, pontua.
A lei do combustível do futuro irá garantir a segurança jurídica e previsibilidade para a indústria nacional, bem como desenvolvimento do mercado de biocombustíveis de maneira geral.
O aumento da produção do biodiesel impulsiona não só a economia – com geração de empregos de qualidade e renda –, mas também gera efeitos positivos em termos sociais, ambientais e de saúde pública.
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