Em 2025 o Movimento Pró-Logística completará 16 anos. Criado com o intuito de articular a implantação e manutenção da infraestrutura de logística federal e estadual em Mato Grosso e nos acessos aos portos, o Movimento tem a pavimentação da BR-163 como um de seus maiores ganhos neste tempo, na avaliação do diretor executivo, Edeon Vaz Ferreira.
Entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto, ele conta que na época foi feito um planejamento estratégico do Movimento, no qual entidades dos setores agropecuário, industrial, comercial e da sociedade civil organizada deveriam focar em pontos considerados emergenciais e necessários.
Entre os pontos de investimento de atenção e tempo do Movimento Pró-Logística estavam as pavimentações da BR-163, BR-242 e BR-158, consideradas rodovias fundamentais para o estado. Outro ponto era levar os trilhos da Ferronorte até Rondonópolis, construção de mais ferrovias e a exploração das hidrovias.
“Com isso conseguimos a pavimentação da BR-163. Acho que foi o grande ganho que nós tivemos pelo Movimento”, frisa Edeon Vaz Ferreira.
Ao longo destes 16 anos, segundo ele, também se conseguiu pavimentar 286 quilômetros da BR-242 e cerca de 150 quilômetros da BR-158 entre Ribeirão Cascalheira e Alô Brasil e entre Canabrava do Norte e a divisa com o Pará.
Além de Mato Grosso, trabalhos também foram realizados em outros estados. Como no Pará com as rodovias BR-158 e BR-155 quanto à adequação de capacidade. Projeto este que está em andamento, destaca o diretor executivo do Movimento Pró-Logística.

Apesar dos avanços, ainda há muitos entraves
De acordo com Edeon Vaz Ferreira, apesar dos avanços observados, ainda há muitos entraves nas rodovias federais, principalmente em relação às BR-242 e BR-158 em decorrência a licenciamentos ambientais e traçados, uma vez que ambas contam com reservas indígenas nas suas proximidades.
“A BR-158 teve que fazer o desvio passando por Bom Jesus do Araguaia, Serra Nova Dourada e Alto Boa Vista. E agora esse trecho já está licitado, mas falta o licenciamento ambiental de Alô Brasil até Alto Boa Vista. E já temos o licenciamento ambiental de Alto da Boa Vista até o chamado Luizinho”.
A BR-158 é considerada importante para a região do Vale do Araguaia em Mato Grosso, uma vez que ela vai de Barra do Garças até a divisa com o Pará.
“Ela é a espinha dorsal do Vale do Araguaia. Então, estamos falando de uma espinha dorsal do Vale do Araguaia, uma ligando Mato Grosso até Miritituba, no Pará, que é a BR-163 e uma leste-oeste que ligaria as duas, a BR-158 até a BR-163. Infelizmente, a BR-242 evoluiu até Santiago do Norte”.
A evolução dos trabalhos na BR-242 esbarra, segundo o diretor executivo do Movimento Pró-Logística, com as questões de licenciamento ambiental, traçado e também a federalização do trecho entre Santiago do Norte e Gaúcha do Norte.
Ele explica ao programa do Canal Rural Mato Grosso, que com a federalização de tal trecho da rodovia o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) poderá realizar a manutenção do mesmo até que todas as licenças sejam liberadas e um novo traçado seja aprovado, após a sinalização positiva do Ibama para tal.
“Esse trecho [da BR-242 entre Santiago do Norte e Gaúcha do Norte] não tinha dono. É a federalização de um trecho que era uma estrada projetada, porque você tem no DNIT três tipos de rodovia: a pavimentada, a rodovia não pavimentada e a rodovia projetada. Então, agora se federaliza e ele tem condição de fazer a manutenção”.
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