DIRETO AO PONTO

Neri Geller afirma que Mapa está atento as demandas e dificuldades do setor

O secretário de Política Agrícola salienta que os produtores rurais devem ficar atentos quanto ao custo de produção

Diferentes segmentos do agronegócio brasileiro foram afetados nos últimos meses pelas adversidades climáticas, com ausência ou excesso de chuvas. Fator que, em alguns casos, agravou ainda mais a situação do setor produtivo, que vem “sofrendo” com quedas constantes dos preços pagos que não chegam a cobrir custo de produção.

Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, desta quinta-feira (15), o secretário de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller, afirma que a pasta está atenta as demandas e dificuldades enfrentadas pelos produtores.

Conforme ele, o diálogo é o caminho para se buscar uma solução prática que auxilie a todos.

“Obviamente que o problema está instalado, mas não é tão grave assim. Caiu o preço? Claro que caiu. Mas, o custo de produção também caiu. O setor vem de quatro, cinco anos com renda. Nós criamos ferramentas já para amenizar isso. Criamos novas linhas de crédito para honrar os compromissos de custeio e pré-custeio em dólar. Nós vamos ouvir o setor”.

Geller lembra que em 2023 ações que auxiliassem o produtor foram realizadas, como a realização de Aquisição do Governo Federal (AGF), um instrumento da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), para o milho em Mato Grosso, bem como Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) e Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) para o trigo no sul do país e a borracha em São Paulo e Goiás.

“Agora não vamos estar atentos nessas [novas] demandas. Nós vamos trabalhar de forma antecipada. O ministro Carlos Fávaro já pegou as informações que captei em reuniões no Rio Grande do Sul e em Mato Grosso”.

Olho no custo de produção

Ainda de acordo com o secretário de Política Agrícola, o produtor rural brasileiro deve ficar atento quanto ao custo de produção, uma vez que o mercado internacional voltou aos patamares de aquisições de antes da pandemia.

“Com a pandemia, a China, principalmente, os grandes mercados consumidores compraram muito e isso puxou para cima o custo de produção. Agora passou a pandemia e não há uma expectativa de médio e longo prazo de aumento de preço da commodity. Vai se estabilizar e nós temos que trabalhar nisso com o custo de produção. A redução da taxa de juros, crédito mais barato”.

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