A safra 2023/24 de soja em Mato Grosso caminha para o seu fim, levando na bagagem uma série de desafios que irão ficar marcados na história: falta de chuva, altas temperaturas, preço baixo, custo de produção elevado e queda de produtividade acima de dois dígitos.
As últimas projeções apontam que o ciclo deve fechar com uma produção de 38,4 milhões de toneladas, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). A quebra de 15,10% no volume total decorre, principalmente, da redução de aproximadamente 10 sacas na produtividade média do estado.
As estimativas apontam para uma produtividade média de 52,8 sacas por hectare nesta safra 2023/24, contra as 62,3 sacas observadas no consolidado da temporada passada.
De acordo com o superintendente do Imea, Cleiton Gauer, entrevistado desta semana do programa Direto ao Ponto, do Canal Rural, os números ainda estão sendo levantados, uma vez que ainda há áreas sendo colhidas.
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Mesmo colhendo menos e com o custo de produção parecido com o do ciclo passado, os prejuízos no campo “poderiam ser menores” se os preços da saca de 60 quilos de soja não estivessem em queda.
“A gente teve uma tempestade de três fatores num momento único. Então, a safra 2023/24 foi bastante prejudicada. Se pegar a negociação hoje, ela está R$ 30, R$ 40 atrás do mesmo período do ano passado. E se olhar custo igual e produtividade caindo, a receita cai e as despesas continuam em grandes patamares”.
Questionado sobre a safra de milho, o superintendente do Imea destaca que as chuvas que caíram na segunda quinzena de março foram benéficas para o desenvolvimento da cultura até agora. Entretanto, há uma preocupação com o mês de abril, uma vez que as previsões apontam um volume de chuvas abaixo da média.
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