Além de líder na produção de grãos e proteína animal, bem como se destacar na diversidade de culturas de segunda safra, Mato Grosso vem se transformando no maior produtor de pulses em terceira safra. Feijão, gergelim e trigo já fazem parte do portfólio, que pode ganhar ainda a presença de grão de bico e amendoim.
A Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT), Hugo Garcia, pontua que a cada ano o consumo de proteínas vegetais vem crescendo no país, o que impulsiona também a produção das mesmas.
A entidade existe há dez anos, segundo Hugo, em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta semana. E desde a sua criação incentiva o cultivo de feijão, pulses e grãos especiais e, principalmente, busca soluções e parcerias, que promovam a ampliação da área agricultável irrigada.
Hoje, o estado conta com apenas 205 mil hectares de área irrigada. Contudo, estudos já mostram potencial para uma extensão acima de quatro milhões de hectares.
“A irrigação é uma atividade sustentável. O agricultor não vai pegar água que não necessita. Ele vai pegar o que ele precisa utilizar. A irrigação não chega hoje a usar meio por cento da água de todos os rios do Brasil”, diz Hugo Garcia ao programa do Canal Rural Mato Grosso.
Ainda conforme ele, estudos realizados pela Universidade Federal de Viçosa (MG) mostram que a água usada para a irrigação em Mato Grosso vira chuva no Paraná e vice-versa, ou seja, “há troca de umidade de um estado para o outro”.
“Até nisso a irrigação faz esse trabalho de levar as chuvas para as regiões do país. Nós estamos fazendo um estudo com a Universidade que vai mostrar certinho esse mapa de troca de umidade”, salienta.
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