DIRETO AO PONTO

Aprovação da lei dos bioinsumos On Farm é um dos maiores desafios do momento, diz Aprosoja Mato Grosso

Segundo a entidade, o produtor rural brasileiro vem nos últimos anos se especializando na produção de bioinsumos

O ano de 2024 foi mais um de desafios para o setor produtivo mato-grossense e brasileiro. Além do clima, preços em baixa, custo em alta e quebra na produção, os produtores temem que produzir bioinsumos na fazenda possa se tornar ilegal em 2025. Este, inclusive, é considerado o maior tormento do momento.

“Estamos correndo contra o tempo para conseguir que a Lei seja aprovada até o final do ano”, pontua Jerusa Rech, gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja Mato Grosso, em entrevista ao programa Direto ao Ponto desta quinta-feira (21).

Como já destacado pelo Canal Rural Mato Grosso, desde 2009 é permitida a produção de biológicos On Farm diante do Decreto nº 6.913, cuja vigência encerra em 31 de dezembro de 2024.

A aprovação de uma nova legislação pode garantir a continuidade do direito da produção de forma legal da porteira para dentro.

“Nós temos esse risco [de não poder produzir] por conta de algumas alterações na legislação e agora estamos aguardando a aprovação do PL 658/2021 para que a partir de janeiro o produtor não fique na ilegalidade na produção On Farm”, diz Jerusa.

A gerente de Defesa Agrícola da Aprosoja Mato Grosso lembra que “o produtor sempre teve o direito de fazer a produção do bioinsumo”, tanto que nos últimos tempos “os nossos produtores tem se especializado e buscado conhecimento com relação a produção de qualidade, análise do que está sendo aplicado, cuidados com o momento da produção, cuidados com assepsia e cuidados com contaminantes”.

Hoje, os biológicos, principalmente em Mato Grosso, são muito utilizados para o controle da cigarrinha do milho e percevejos, segundo a especialista.

“O produtor, não só o mato-grossense, mas o brasileiro, ele aprendeu a fazer o uso do biológicos. Alguns produzem On Farm, outros fazem aquisição. Mas, os produtos biológicos estão aí e já fazem parte do manejo dos produtores. Então é importante a celeridade na aprovação. Para garantir que o produtor tenha esse direito, assim como ele mantém o direito de produzir a sua própria semente”.

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