Quando se fala na agricultura brasileira, todos os aspectos de sustentabilidade construídos pelo produtor rural ao longo do tempo são tratados. Especialistas pontuam que os pilares que permearam e permitiram o aumento da produção, observado ano a ano, envolvem a pesquisa e o desenvolvimento, somados ao papel do produtor na implementação de tais inovações no campo.
“Fato é que a nossa narrativa ambiental veio também nessa toada de crescimento, desenvolvimento e maturação. Mas, a gente ainda não conseguiu vencer essa barreira de hoje ter o agronegócio brasileiro reconhecido como deveria e o produtor rural ao mesmo tempo ser remunerado por isso”, frisa Tiago Pereira, assessor técnico da comissão de grãos da Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA).
Entrevistado desta quinta-feira (29) do programa Direto ao Ponto, do Canal Rural, Tiago frisa que a Confederação está atenta a todas essas questões.
Ele destaca que Mato Grosso, através de entidades como o Sistema Famato, são parceiros no sentido de “trazer fatos relevantes que comprovem que o produtor rural é sustentável e que o nosso jeito de produzir e preservar têm que ser respeitado”.
“A agricultura brasileira nada mais é do que uma mescla de respeito ao meio ambiente e ao mesmo tempo inovação e tecnologia”.
Justificativas mesmo com dados da Nasa
De acordo com assessor técnico da CNA, os dados utilizados sobre preservação do território brasileiro da Embrapa utilizam informações, por exemplo, de fontes como a Nasa.
“E quando levamos esses dados para o exterior, muitas vezes nós ainda temos que justificar e a gente fica nesse vai e volta e não consegue de fato mostrar que a agricultura brasileira é sustentável do ponto de vista global”.
O assessor técnico da CNA lembra que o Código Florestal brasileiro é um dos mais rígidos e que hoje se caminha para aperfeiçoar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e levá-lo a um “novo patamar que de fato mostra que a nossa produção é sustentável”, mas que para isso é preciso agilidade por parte dos estados e governo federal.
“Eu vejo o CAR como o passaporte verde para a nossa produção de grãos, aos moldes do que acontece com o algodão”. Entretanto, ele ressalta que “não adianta o governo lançar um Plano Safra com desconto para o produtor que tem o CAR validado se isso não depende dele. O alinhamento para avançarmos no CAR ainda está faltando”.
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