Mato Grosso é hoje um dos maiores símbolos do agro brasileiro, mas essa força tem origem no trabalho de instituições que moldaram o caminho da produção rural. Entre elas, a Famato, que chega aos 60 anos, e o Senar Mato Grosso, que completa 33 anos. Juntas, as entidades ajudaram a modernizar técnicas, consolidar modelos produtivos e fortalecer a base que coloca o estado entre os gigantes mundiais da agricultura.
Mais de 33 milhões de cabeças de gado e cerca de 100 milhões de toneladas de grãos por safra fazem de Mato Grosso uma potência. Um território que reúne Amazônia, Cerrado e Pantanal — e mantém mais de 60% da área protegida — sustentado pelo trabalho de um produtor rural que aprendeu a se reinventar. “É difícil hoje você arrumar crítica para falar do setor produtivo…”, diz o presidente da Federação, Vilmondes Tomain, ao destacar a capacidade de adaptação e profissionalismo no campo.
A história da Federação também conta sobre o próprio desenvolvimento do estado. O sistema nasceu pequeno, acompanhou o avanço das fronteiras agrícolas e hoje está presente na rotina de quem produz — da defesa institucional ao planejamento, passando pela qualificação e pela inovação.

Um sistema que cresceu junto com o estado
A presença da entidade foi decisiva especialmente em regiões que se desenvolveram a partir da força dos produtores. Em Querência, por exemplo, a mobilização coletiva foi determinante. O presidente do Sindicato Rural local, Osmar Frizzo, lembra que, quando chegou ao município, faltava praticamente tudo.
Ele conta à reportagem do Canal Rural Mato Grosso que os produtores “se uniram e cobraram isso dos órgãos públicos e isso aconteceu”, destacando que o trabalho sério da Federação ajudou a agregar o setor e impulsionar crescimento e desenvolvimento.
Ao longo de seis décadas, programas estruturantes se tornaram parte do dia a dia no campo. Vilmondes Tomain reforça que “a Famato traduz muitas situações de resultados positivos para o agronegócio” e cita ações que promovem qualidade de vida, formação e defesa do produtor rural. Ele destaca ainda o papel do Imea como ferramenta estratégica para planejamento e o trabalho do AgriHub na difusão de tecnologias e tendências.

Qualificação que transforma o campo
A evolução do agro também passou pela capacitação. No estado, o trabalho do Senar se tornou peça fundamental para modernizar processos, ampliar conhecimento e fortalecer o lado social do campo. De acordo com o superintendente da instituição, Marcelo Lupatini, “o foco nosso não foi quantidade, sempre foi qualidade”.
Ele relata que áreas sociais cresceram mais de 300% no ano e que cursos profissionalizantes tiveram aumento entre 25% e 30%, sempre acompanhando o ritmo acelerado do agronegócio mato-grossense, “que cresce a níveis de China”.
Quatro décadas dedicadas ao Sistema Famato
A história desses 60 anos também é escrita por quem viveu cada etapa da transformação. José Teixeira, gestor da Federação e ex-presidente do Sindicato Rural de Vila Bela da Santíssima Trindade, é um desses personagens.
Há 40 anos atuando no sistema, ele lembra que a entidade sempre foi porto seguro para quem produz. “A Federação dá suporte para todos, porque o sofrimento do produtor rural não é só do pequeno… é do pequeno e do grande também”, afirma. Orgulhoso do caminho percorrido, sobre estar mais 40 anos pela frente ele completa: “Eu acredito que Deus dá força e sabedoria… Agora esse tempo todo é que eu não sei, né?”.
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