A falta de recursos para atender a demanda do Plano Agrícola e Pecuário 2022/2023, em algumas linhas de crédito que anunciadas pelo BNDES nos últimos dias, segue a tendência dos últimos anos na avaliação do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB/MT). Conforme a entidade, o BNDES e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) precisam trabalhar com previsibilidade diante da demanda reprimida.
Na noite de quinta-feira (9), em Cuiabá, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que os recursos destinados ao programa de linha de crédito do BNDES para o setor agropecuário não foram suspensos e sim “acabaram” diante da demanda represada. Em 30 dias, R$ 2,9 bilhões foram liberados pelo governo federal para o setor.
Superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo e Silva, frisa que o volume de recurso captado e apresentado em projetos pelos produtores rurais para as linhas de crédito do BNDES estava represado e voltaram a sua normalidade.
“Agora temos mais projetos do que recurso liberado neste momento. Há um esforço de todas as entidades e a gente reconhece o trabalho do Ministério da Agricultura na liberação dessas novas esteiras de crédito exatamente pela necessidade de que os produtores tem de melhorar a sua produção, de fazer investimento em maquinário, armazenagem na própria construção de solos e na formatação dos seus custeios”, pontua o superintendente da OCB/MT.
Planejamento do próximo plano safra
Azevedo lembra que em breve o novo plano safra deve começar a planejado. Ele ressalta que “É muito importante que o BNDES e o Mapa trabalhem para que haja uma nova previsibilidade de recursos”.
Ainda conforme ele, “é importante que tenhamos uma visão, assim como a do Ministério da Economia, de que existe a necessidade de uma taxa de juros mais adequada para o próximo Plano Agrícola e Pecuário, assim como a garantia de mais recursos para que a agricultura e pecuária brasileira possam continuar crescendo como tem feito nos últimos anos”.
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