Desde janeiro, Mato Grosso registrou mais de 40,3 mil focos de calor. Segundo diagnóstico do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, uma média de 4,46 focos para cada 100 quilômetros quadrados. Ao se analisar por tipo de áreas, as consideradas improdutivas ou irregulares foram as que mais registraram focos de incêndio, com uma média de registraram 10,6 focos para cada 100 quilômetros quadrados.
O levantamento mostra ainda que nas áreas consideradas produtivas e regularizadas o registro é de 0,99 foco por 100 quilômetros quadrados, enquanto em áreas de assentamento rural, o índice foi de 7,47, nas Unidades de Conservação de 6,68 e na Terras Indígenas de 6,16 para cada 100 quilômetros quadrados.
“Os números mostram que, diferentemente do que muitas vezes é publicado, os produtores são aliados na prevenção e no combate aos incêndios florestais. Eles atuam tanto na prevenção, quanto no combate, com seus maquinários, com recursos humanos”, pontuou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, coronel Flávio Gledson Vieira, durante apresentação de balanço dos focos de incêndio no estado Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA-MT), na terça-feira (22).
Durante a reunião, o deputado Carlos Avallone (PSDB), que preside a Comissão de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Recursos Minerais da Assembleia Legislativa, salientou que “é preciso evitar que o foco comece, porque depois o trabalho é para mitigar os impactos. Por isso é tão importante o trabalho de prevenção, junto com todo o setor produtivo”.
Setor atento para prevenir o fogo
Coordenador da FPA-MT, o deputado Dilmar Dal Bosco frisou que o setor produtivo está atento quanto à prevenção de focos de incêndio.
“É como eu disse ao governador recentemente, que nenhum produtor coloca fogo em sua propriedade. E junto com o Corpo dos Bombeiros vamos dar início ao planejamento para os próximos ano”.
Ainda durante a reunião, foi proposto pelo Sistema Famato a criação de uma legislação que vincula a concessão de multas por incêndios a um relatório técnico do Corpo de Bombeiros.
“Hoje, se uma propriedade pega fogo, a multa é lançada imediatamente em nome do proprietário. O que queremos é o direito de anexar ao processo um laudo dos Bombeiros que informe a causa do incêndio, a origem, para não sermos responsabilizados por crimes que não cometemos”, disse o diretor de relações institucionais da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Ronaldo Vinha.
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.