A PARTIR DE AGOSTO

Sindifrigo-MT alerta para impactos da tarifa dos EUA sobre carne brasileira

Presidente da entidade destaca necessidade de diálogo diplomático e alerta para os impactos econômicos da medida sobre o setor produtivo

Gado boi abate carne bovina Foto Israel Baumann Canal Rural Mato Grosso
Foto: Israel Baumann/Canal Rural Mato Grosso

O Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) manifestou preocupação com a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a carne brasileira. Em nota, o presidente da entidade, Paulo Bellincanta, classificou a medida como prejudicial ao setor produtivo e defendeu uma condução diplomática do impasse.

“O Sindifrigo MT espera com atenção e apreensão o desenrolar diplomático da imposição da tarifa de 50% sobre a carne brasileira. A carne é um produto reconhecido como essencial na alimentação do ser humano ao mesmo tempo que sua produção e seu processo produtivo a tornam um produto de valor mais elevado”.

Segundo Bellincanta, o setor já opera com margens apertadas e qualquer alteração nos custos pode afetar diretamente a competitividade do produto brasileiro.

“Nos últimos meses o setor todo, do produtor rural à indústria, tem trabalhado com margens muito curtas sem espaço para grandes alterações de valores para cima ou para baixo. Em um mundo globalizado os preços se equilibram pela concorrência natural e a diferença deste preço se dá pela diferença nos custos logísticos e nos custos com tributos, que é a parte que fica com os governos.”

O presidente criticou medidas unilaterais que, conforme ele, acabam sendo mais danosas que crises naturais.

“A história tem cobrado caro de erros crassos de governos mundo afora. Decretos e normas governamentais ditando regras a setores privados normalmente são piores que catástrofes naturais que arrasam setores inteiros. Tarifas indiscriminadas globais sem dosagem no caso a caso são erros que podem prejudicar quem está de um lado ou de outro da fronteira. Errar em uma guerra é permitir que o míssil estoure dentro da própria trincheira.”

Para ele, decisões comerciais devem ser tratadas fora de pressões ideológicas.

“Chamar um parceiro para rediscutir tarifas será normal e desejável desde que em uma esfera diplomática. Sob pressão e em esfera ideológica não podemos admitir nem a provocação tampouco a resposta.”

A nota encerra com um apelo à diplomacia e ao setor produtivo como caminhos para resolver o impasse.


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