Mato Grosso marcou um novo recorde em 2024 na oferta de animais para abate. Impulsionado pelo aumento expressivo de fêmeas nos frigoríficos, o estado ultrapassou, pela primeira vez, a marca de sete milhões de cabeças abatidas, atingindo um total de 7,357 milhões.
Esse desempenho representou um aumento anual de 19,48% quando comparado com 2023 superando a marca de seis milhões de cabeças abatidas, que anteriormente só havia acontecido em 2013.
O relatório divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), traz um histórico do início do acompanhamento dos abates. De 2003 até 2024, o crescimento foi ainda mais expressivo, registrando um salto de 137,42%.

Sazonalidade dos abates
Apesar de manter a distribuição dos envios ao longo do ano, 2024 foi marcado por recordes mensais de abates em quase todos os períodos do ano, quando comparados aos mesmos meses de anos anteriores.
Pela primeira vez, o estado atingiu a marca de 600 mil cabeças abatidas por mês, o que se repetiu em praticamente todos os meses. Apenas fevereiro, março, novembro e dezembro ficaram abaixo desse patamar.
Maior participação de fêmeas
Com a queda no preço dos bezerros, o abate de matrizes foi uma forma de gerar caixa entre os pecuaristas, impulsionando os abates.
Ou seja, as variações dos abates de vacas e novilhas em comparação aos machos, reforça que o ciclo pecuário é influenciado pelas fêmeas.
Em 2024, isso ficou claro com o aumento anual de 23,62% nos abates de fêmeas, enquanto os abates de machos registraram um crescimento de 7,42%.
Animais jovens registrou forte avanço
Outro aspecto que se destacou em 2024 foi a significativa participação de animais jovens nos abates, que registrou um forte avanço.
Após permanecer na faixa de um milhão de animais abatidos com menos de dois anos durante os últimos cinco anos, o volume quase triplicou em 2024, alcançando 2,75 milhões de cabeças.
Com esse salto, os animais jovens representaram 37% do total de abates no estado, maior índice já registrado.
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