Recuperação de pastagens degradadas, uma maior produção de massa verde, proporcionando uma produção de carne sustentável e rentável. Estes são os focos de algumas pesquisas em andamento em Mato Grosso e que vem trazendo aos pecuaristas bons resultados.
Os caminhos para melhorar os resultados da bovinocultura, garantindo ainda mais sustentabilidade ambiental e econômica o assunto desta semana do segundo episódio do Prosa com o Deva, que esteve em Rondonópolis acompanhando o segundo encontro técnico da pecuária de corte da Fundação Mato Grosso.
“Esse encontro técnico da pecuária de corte visa levar informação ao pecuarista mato-grossense de como produzir melhor, com sustentabilidade e viabilidade econômica”, explica o gestor de pesquisa da Fundação Mato Grosso, Bruno de Conti.
Conforme o gestor de pesquisa, toda a experiência obtida pela Fundação Mato Grosso em seus mais de 30 anos de pesquisa voltada para a agricultura está conectada com a pesquisa que está sendo há pouco mais de dois anos na pecuária.
Os trabalhos são realizados em parceria com diversos setores que atuam na pecuária mato-grossense.
“A nossa orientação é na recuperação de pastagens degradadas, na maior produção de massa verde, tornando uma produção de carne sustentável com maior taxa de lotação por hectare”.
Pesquisa para a pecuária é fundamental
Na avaliação do empresário e pecuarista mato-grossense, Marco Túlio Duarte Soares, a pesquisa para a pecuária é de suma importância, pois “o pecuarista tem muito essa questão da conscientização. Ele não quer mais abrir área. O que ele quer é ser mais produtivo e ter mais rentabilidade”.
Ele lembra ainda que Mato Grosso é um estado com vários tipos de solo e que “a pecuária é um segmento aonde precisa de muita ajuda. E sem dúvida essa [trabalho de pesquisa da Fundação Mato Grosso] é uma grande ajuda”.
Maior desafio é para pequenos e médios
O estado conta com cerca de 105 mil propriedades com rebanho bovino de até 250 animais. Segundo o superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, os pequenos e médios produtores possuem um desafio muito maior comparado aos demais.
“Principalmente, porque eles estão em uma fase de desenvolvimento e organização dessa estrutura e até pela escala é realmente um desafio”.
O diretor-executivo da Gesta’Up, Welton Cabral, salienta que é preciso antes de tudo entender qual é o tipo ideal de tecnologia a ser aplicada na propriedade e que há uma sequência para isso.
“A gente tem que ter muito claro na cabeça quais tecnologias cabem dentro da propriedade. O produtor precisa, antes de pensar em tecnologia, insumos, tecnologia de maquinários, pensar no trabalho do dia a dia. Aquela tecnologia básica, aquilo que realmente é o arroz e feijão, porque é a partir dali que ele vai ter a base para crescer”.
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