“Nós acreditamos na tecnologia, apesar de ser idoso, ter 73 anos, não dar conta de usar a tecnologia do celular, do computador. Mas, a tecnologia do campo, com uma assessoria boa, a gente consegue fazer”. A declaração é de Aldo Rezende Telles e mostra que ser produtor rural hoje independe da idade e que a tecnologia é uma grande aliada.
A saga deste jovem empreendedor que saiu de Barretos (SP) para contribuir com o desenvolvimento do Centro-Oeste é o assunto do terceiro episódio do Prosa com o Deva. Durante a conversa Aldo Rezende Telles relembra o início da trajetória que começou por Goiás e chegou a Mato Grosso, até se tornar um dos grandes agropecuaristas do Brasil.
O produtor conta que a vinda para Mato Grosso se deu por ver que “era o lugar para a gente desenvolver e crescer, porque Mato Grosso tem a natureza a nosso favor. Vão fazer 30 anos. A gente sempre pensou em crescer, que ia dar certo, mas tudo foi além do que pensávamos”.
Tecnologia aliada
Acreditar no emprego da tecnologia no campo é um dos pontos para o resultado visto nos últimos anos por Aldo Rezende Telles. No ano passado, de acordo em ele, um trabalho com 30 pecuaristas foi desenvolvido em uma parceria da Nelore Mato Grosso e Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para estudar a Recria Programada Intensiva (RPI).
“Foi um trabalho maravilhoso e deu para mostrar para o agropecuarista que é importante acreditar na tecnologia”.
O estudo foi aplicado, conforme ele, na propriedade de Brasnorte. Nela são realizadas três safras: soja, milho e gado. A palhada do milho, inclusive, é utilizada na pecuária. Para incrementar, revela ainda o produtor, um pivô de 150 hectares foi implantado para a produção de feno.
“Com esse feno nós fechamos o gado na intensificação. Qual é o nosso objetivo? O objetivo é o ano que vem a fazenda ficar com 1,2 mil hectares com 11 mil cabeças, passando da recria para a engorda. Vai ser um giro, que eu até brinco falando com meus filhos e nossos assessores, que nós vamos ganhar mais com uma quantidade menor, devido a tanta tecnologia que nós vamos aplicar”.
De acordo com Aldo Rezende Telles, apesar do custo da Recria Programada Intensiva ser maior que a do pasto, tal manejo tem “um custo baixo”.
“O ano passado nós fizemos esse trabalho com duas mil cabeças e conseguimos com feno e dois quilos de ração um ganho de 700 gramas por dia, o que é um custo bem baixo. Todo mundo sabe que o melhor para o gado é o pasto, mas para você intensificar, para você produzir mais, você tem que investir mais”.
Além da Recria Programada Intensiva, o produtor rural também utiliza a Terminação Programada Intensiva (TPI). “A partir da recria em Brasnorte, nós temos 74 piquetes de dez hectares. Todos eles com água encanada e cochos na frente dos corredores. Então, a gente acaba de recriar os animais e ele vai direto para o semi-confinamento ou confinamento ativo”.
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