Em Paranatinga, na região sudoeste de Mato Grosso, o volume de água acumulado chega a 3 mil milímetros, quantidade considerada acima da média, causando transtornos e atrasos na colheita da soja, além de prejuízos para o bolso do agricultor.
Em algumas propriedades, máquinas teriam atolado no meio das lavouras.
Conforme o agricultor Fernando Cadore, ao Patrulheiro Agro desta semana, a alta quantidade de chuva prejudica as operações no campo, apesar de trazer resultados.

“Ano passado tivemos um clima muito seco. Então, obviamente, o produtor precisa se adaptar e assim é a agricultura.
Nesta safra, 2024/25, a família Cadore cultivou 2,4 mil hectares de soja. Na propriedade em Paranatinga, é esperado uma média melhor que a da temporada passada.
O presidente do Sindicato Rural de Paranatinga, Carlinhos Rodrigues, conta que muitas lavouras ainda estão “verdes” e que ficaram boas a partir deste mês. “Vai ter muita lavoura ainda para ser colhida, no mês de março, talvez algumas entrando no mês de abril”.
De acordo com o Sindicato Rural, o município registra acumulados de até três mil milímetros de chuvas. O volume é considerado acima da média, causando transtornos e atrasos na colheita da soja e prejuízos para o bolso do agricultor.
Carlinhos explica que o município colheu 30% do esperado.
“Agora nós iremos entrar na soja que teve atraso no plantio porque teve aquela chuvarada para plantar. O solo ainda está muito úmido e esse ano, infelizmente, tudo o que rodou na fazenda, atolou. Faz vários anos que eu não sei o que é puxar uma máquina que atolou. São muitos prejuízos para desatolar os equipamentos e gastamos se eles estragam também”, pontua.
Ele ainda comenta que sem essa força tarefa no campo, podem perder a soja e nesse momento “o coração bate a mil e a gente tem que acelerar”.
O produtor Robson Weber, colheu pouco mais de 70% dos 2.010 hectares cultivados na propriedade em Paranatinga. Ele explica que este foi um ano atípico pelo volume de chuvas.
“Teve soja que acabou perdendo por excesso de chuvas. Não conseguimos entrar na lavoura e os vizinhos vieram com as colheitadeiras em uma troca de serviços e conseguimos tirar algumas que já estavam adiantadas. A chuva atrapalhou no início da colheita e agora, no restante da safra. Vamos fazer o encerramento das sojas plantadas um pouquinho mais tarde”, finaliza.
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