O custeio total da safra 2023/24 de soja em Mato Grosso apresentou um recuo de 13%, quando comparado com a temporada passada. Essa queda se deu pela redução nos custos de insumos agrícolas, principalmente para fertilizantes que apresentaram recuo de 25,33%.
É o que aponta o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), no Funding Soja desse ano.
Segundo o instituto, a área plantada prevista para a safra 2023/24 é de 12,1 milhões de hectares, apresentando um custeio de R$ 4.124,27 por hectare. Com isso, o custeio total da safra de soja no estado fica em R$ 50,41 bilhões para este ciclo.
Além disso, o Imea estima um aumento de 0,82% na área de soja quando comparado com a safra passada, influenciado pela migração de pecuaristas para a agricultura.
Participação de recursos do produtor
Com relação aos recursos próprios do produtor, o estudo apresentou uma redução de 1,43 ponto percentual no financiamento da oleaginosa para a safra 2023/24. Mesmo assim, acabaram sendo a principal fonte de custeio do produtor, representando 31,58% do Funding Soja.
Essa redução está atrelada, principalmente, ao cenário vivido pelos produtores nesta safra, no qual foi observada queda expressiva no preço da commodite, acarretando o atraso da comercialização da oleaginosa no estado.
Já as multinacionais, mesmo com a diminuição de 2,72 pontos percentuais nesta temporada, foram a segunda principal fonte de crédito utilizada pelo produtor no estado, totalizando 29,52% do financiamento da soja. Segundo informantes do Imea, essa redução foi pautada pela menor competitividade na concessão de crédito.
Safra 2024/25
Para a safra 2024/25, a primeira estimativa de custo de produção apresentou alta no custeio de 0,99% quando comparado com o da safra 2023/24, puxado pelo aumento nos preços dos fertilizantes.
Entretanto, a oferta e demanda dos insumos, e o dólar, deve continuar ditando as despesas de custo da próxima safra.
Ainda, para o próximo ano, as atenções se voltam para a participação de recursos próprios do produtor, visto que apesar da redução da participação na safra 2023/24, ainda representa mais de 30% de todo o financiamento.
Em decorrência da desvalorização do grão, essa participação pode cair ainda mais.
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