ALERTA NO CAMPO

Clima seco e quente prejudica lavouras de soja em Mato Grosso

Chuvas tímidas que caíram em algumas áreas nos últimos dias ainda não foram suficientes para amenizar as altas temperaturas nas lavouras

O cenário da soja em Mato Grosso continua preocupando os agricultores. Alguns ainda não conseguiram terminar o plantio e outros, não começaram a semear as lavouras devido ao tempo seco. Nas áreas cultivadas, a falta de chuva e as temperaturas acima dos 40ºC prejudicam as plantas e já comprometem o desempenho da safra. 

Nos últimos dias voltou a chover timidamente em algumas regiões mas, ainda não foi o suficiente para amenizar o calor nas lavouras. 

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), está percorrendo desde o último final de semana mais de 30 municípios do estado para conferir a situação das lavouras. A entidade tem publicado em suas redes sociais, uma série de vídeos mostrando, in loco, as perdas dentro das propriedades. Tendo em vista que, cada região e campo de oleaginosa tem sua particularidade. 

Franklin Vaz, coordenador de projetos de defesa agrícola da Aprosoja-MT, fez um panorama do que a associação encontrou. 

“O produtor está muito apreensivo devido a falta de chuvas e as altas temperaturas. Na região do médio-norte, que estamos percorrendo, notamos que as operações estão ocorrendo diferente da região sul que tinha plantio atrasado e as operações agrícolas também, devido às condições ambientais”, explica

Falta de chuva em Tangará da Serra repjudica soja Foto Pedro Silvestre Canal Rural Mato Grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A caravana passou também pelo município de Diamantino. E, segundo o Sindicato Rural da região, a área comprometida é muito extensa.

“É preocupante a situação embora tenha acontecido algumas chuvas ontem. Fizemos um levantamento com os produtores e hoje, Diamantino tem 15% de áreas ruins, estou vendo uma quebra grande no município devido a estiagem prolongada. O replantio é uma realidade, alguns produtores desistiram e vão direto para algodão, ou milho”, conta Altemar Kroling, presidente do Sindicato Rural de Diamantino. 

Há muitos anos, essa situação não era vista no campo.


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