A cada dia a tecnologia está mais presente no campo. Nas lavouras mato-grossenses o uso de drones como aliado no serviço de pulverização já é uma realidade. Agricultores pontuam que, além de acabarem com as perdas por amassamento, os drones são mais ágeis e eficientes no controle de pragas e doenças.
A novidade que paira nas lavouras do estado é o tema desta semana do episódio nove do MT Sustentável.
Produtor no município de Cláudia, região norte de Mato Grosso, Erni Luiz Rodrigues possui 320 hectares de lavoura. Ele é o primeiro agricultor na região a adquirir um drone para os tratos culturais da soja e do milho.
“A tecnologia chegou pra gente. Não tem porque não buscar. Muitos parceiros falaram: pô Erni! O primeiro sempre sofre, padece um pouco, mas eu estou feliz”, diz Erni.
Busca por financiamento de drones é crescente
Conforme o gerente de negócios do Sicredi Celeiro MT/RR, Welinton Junior Duarte, a procura de orientações sobre recursos financeiros para a aquisição da tecnologia vem crescendo.
“A cada mês eu recebo duas ou três mensagens de produtores de outros municípios para saber como fez, como financiou. Eu digo para procurarem o gerente da sua cidade, o Sicredi da sua cidade, que vai orientar certinho. Mas, a procura aumentou bastante posteriormente ao seu Erni”.
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A tendência é de que a novidade se espalhe rápido. De acordo com o engenheiro agrônomo e instrutor de pilotos Igor da Silva Toniazzo, na empresa que trabalha e comercializa este tipo de equipamento somente no ano passado foram vendidos mais de 60 aparelhos para produtores rurais de Mato Grosso.
Toniazzo explica que mesmo em propriedades maiores, o drone tem se mostrado capaz e eficiente. “Por exemplo, em mil hectares, se você tiver dois drones T30, compensaria tranquilamente. O T30, hoje de trinta litros, que não é o lançamento, ele pode fazer até 15, 16 hectares hora. Então, um dia bem trabalhado você pode passar de 100 hectares fácil”.
Fácil manuseio e preço atrativo
Para operar o equipamento, são necessárias duas pessoas. Um piloto e um assistente que ajuda no reabastecimento e substituição de baterias. As manobras para aplicação são todas programadas por mapeamento via GPS e o drone executa automaticamente.
Um dos pilotos na propriedade do seu Erni é o seu filho Felipe Rafael Rodrigues. “É o primeiro ano que estou fazendo com o drone. Agora vou começar a fazer a dessecação e vamos ver como vai ficar. Mas, até agora 100% aplicação”.
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Outro atrativo do uso de drones nas lavouras é quanto ao preço do equipamento, que custa aproximadamente um terço do valor de pulverizadores tradicionais.
Na lista de vantagens da novidade vantagens ainda entra a diminuição no custo operacional e eficiência na aplicação: o vórtice criado pelas hélices permite que o produto atinja toda a planta e ainda evita o amassamento. O resultado é uma lavoura mais sustentável, com de produtividade e redução de custos.
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“Fizemos um cálculo de amassamento e hoje a gente consegue uma faixa de 3% de incremento na produtividade só na questão do amassamento. Se imaginarmos uma produção de 70 sacas por hectare, que a gente vem atingindo aqui, isso vai dar uma média de duas sacas em meia por hectare. Só aí se paga o equipamento”, comenta o técnico em agricultura Ércules Lopes Morais, que há oito anos presta consultoria na fazenda do seu Erni.
Além das vantagens do uso de drones, seu Erni e Felipe contam ainda contam com outro apoio importante na propriedade. Através das câmeras instaladas no equipamento eles acompanham de cima o desenvolvimento da lavoura.
“Estou feliz. Conhecemos um bom tanto de lavoura e a gente viu que a produção é bem diferente das outras. Mais produtiva. Estamos esperando de 80 a 85 [sacas por hectare], até mais”, conta Erni.
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