A cada dia a carne bovina mato-grossense ganha espaço no mercado internacional. A qualidade do produto, somada a sustentabilidade da produção, está entre os fatores que atraem os mais exigentes países, como China, Emirados Árabes Unidos, entre outros.
O estado detém hoje um rebanho bovino de pouco mais de 34 milhões de cabeças de gado, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea-MT).
Diretor técnico operacional do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), Bruno Andrade, pontua que o estado se consolidou como o principal produtor de carne bovina do país e um dos maiores exportadores da proteína vermelha no mundo. Ele frisa que são mais de 80 países que importam.
“É claro que a China tem um papel principal nisso. [Mas,] temos alguns outros mercados crescendo. Nesse começo de 2024 observamos que os Emirados Árabes Unidos estão se tornando bem interessante para nós comercialmente”, diz Bruno Andrade, em entrevista ao programa Estúdio Rural, do Canal Rural Mato Grosso, deste sábado (1º).
A qualidade da carne é apontada pelo diretor técnico operacional do Imac como um ponto chave para tais resultados.
“O produto tem uma qualidade muito interessante, que faz com que a gente esteja em diversos mercados pelo mundo”.
Sobre a atuação do Instituto em feiras nacionais e internacionais, por exemplo, ele destaca que a entidade entende “como essencial comunicar mais sobre o setor produtivo”.
“Muitas vezes acabamos falando para dentro, para o próprio setor, sendo que, na verdade, temos que falar para aqueles que estão consumindo o nosso produto e muitas vezes não sabe como as coisas são feitas aqui”.
Abates de bovinos mais jovens
Hoje, mais de um terço do rebanho bovino mato-grossense é abatido com até 30 meses de idade. De acordo com Bruno Andrade, isso faz com que se tenha uma melhor qualidade de carcaça, animais ficando menos tempo na propriedade, além de um uso cada vez maior da tecnologia. Fatores, inclusive, que auxiliam no aumento da produtividade em áreas que já estão abertas e consolidadas.
“Isso tem um efeito extremamente positivo e é nosso papel fazer essa comunicação constante para mostrar ao mercado tudo aquilo em que nós temos evoluído. Tudo começa com a produção, com o produtor. Tudo começa com essa vontade do produtor em querer fazer melhor o que ele está fazendo dentro da fazenda”.
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