A segurança para quem trafega pela BR-163 em Mato Grosso é considerada um dos principais ganhos com a transferência da administração da concessão de 850 quilômetros para o governo do estado. Nesta sexta-feira (5) foram assinadas cinco ordens de serviço para recuperação imediata da rodovia federal entre Cuiabá e Sinop.
Durante a assinatura das ordens de serviço, realiza pelo governador Mauro Mendes, o prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix, comentou o município sente diariamente os problemas com a falta de duplicação da BR-163. Por lá, conforme ele, cerca de 25% dos atendimentos médicos são de pessoas que se acidentaram na rodovia.
“Isso vai além de um problema econômico. A política séria, quando realmente se quer fazer, nós conseguimos salvar vidas e entregar resultados para as pessoas”, disse o prefeito de Nova Mutum.
O governo de Mato Grosso assumiu nesta quinta-feira (4) o controle acionário da Rota do Oeste, responsável desde 2013 pela administração da concessão de um trecho de 850 quilômetros da BR-163 entre a divisa com o Mato Grosso do Sul e Sinop. A transferência foi assinada pelo presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, e pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, em Brasília (DF).
O repasse da concessão da rodovia federal para o governo de Mato Grosso inaugura um novo capítulo na história da rodovia mais importante que corta o estado.
Concessionária passa a se chamar Nova Rota do Oeste
Com a mudança, a concessionária Rota do Oeste passa a se chamar Nova Rota do Oeste e e terá como presidente do conselho administrativo o ex-senador Cidinho Santos. A MT-PAR será acionista majoritária da Nova Rota e a previsão de investimentos nos próximos dois anos é de R$ 1,6 bilhão.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Nova Rota do Oeste, a concessionária terá outras missões nos próximos dias, para recuperar o trecho entre Jaciara e Rondonópolis. Outro ponto destacado por ele é que já está no mercado a licitação para fazer a duplicação entre o Posto Gil e Nova Mutum e que em breve outros trechos serão licitados.
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As ordens de serviço assinadas nesta sexta-feira pelo governador correspondem a cinco trechos da rodovia: o primeiro na Rodovia dos Imigrantes, em Cuiabá e Várzea Grande; o segundo entre Várzea Grande e Jangada; o terceiro entre Jangada e Rosário Oeste; o quarto entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde; e o último entre Lucas do Rio Verde e Sinop.
“Fico feliz por chegar ao final de uma trajetória que parecia impossível, tantos eram os problemas que precisavam ser resolvidos. Foram tantas reuniões realizadas que conduziram a essa solução, que hoje é reconhecida pelo mercado como importante, inovadora e exitosa. Agora, queremos ver rapidamente máquinas trabalhando na estrada”, declarou Mauro Mendes.
Aquisição da BR-163 por R$ 1 e quitação de dívidas
A troca do controle acionário da concessionária envolveu a compra da concessão, pelo valor de R$ 1, e a quitação de parte das dívidas contraídas pela empresa, na ordem de R$ 920 milhões. Conforme o governador Mauro Mendes, de agora em diante o foco é melhorar a qualidade da estrada.
“Nós vamos de imediato aportar R$ 1,2 bilhão para iniciar imediatamente as obras de requalificação da pista existente e nas próximas semanas de duplicação. A concessão total são 850 quilômetros, 410 quilômetros em números macros já foram realizados ou pela concessionária ou pelo DNIT, e faltam realizar 440 quilômetros e quase uma dezena de obras de artes especiais para as travessias urbanas”, frisou Mauro Mendes nesta quinta-feira em Brasília.
De acordo com o governador do estado, Mato Grosso, através da MT Par, possui até oito anos para realizar as obras, contudo, revela, que o Poder Executivo trabalha com a perspectiva de em até cinco anos concluir todas as obras.
A expectativa é de que ao menos 84 quilômetros de pistas duplicadas sejam entregues ainda no primeiro ano de concessão. Quanto ao valor do pedágio, o governador Mauro Mendes não anunciou mudanças. Ele reforçou que o assunto cabe à agência nacional de transportes terrestres (ANTT).
Conforme Mendes, a tarifa hoje em Mato Grosso está entre as três mais baratas do Brasil. O chefe do executivo mato-grossense deixou claro ainda que a tarifa está defasada há quatro anos, uma vez que a não realização do reajuste tarifário foi uma das penalidades impostas pela ANTT diante da situação envolvendo a rodovia.
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