Mato Grosso

Obras da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso são lançadas

Previsão é que o terminal de Campo Verde comece a operar em 2026 e as obras da ferrovia em Lucas do Rio Verde seja concluídas em 2030

A largada para a expansão dos trilhos da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, a primeira do Brasil, foi dada na manhã desta segunda-feira (7) em Rondonópolis. Serão mais de 700 quilômetros com investimentos que podem chegar a R$ 15 bilhões. A previsão é que o terminal em Campo Verde comece a operar em 2026 e os trilhos cheguem ao município de Lucas do Rio Verde em 2030.

A Ferrovia autorizada conta com dois ramais. Um ligando Rondonópolis até Cuiabá e outro ligando Rondonópolis até Lucas do Rio Verde.

Segundo a Rumo S.A., serão investidos na obra entre R$ 14 bilhões e R$ 15 bilhões, dos quais cerca de R$ 4,5 bilhões serão injetados para levar 211 quilômetros de trilhos de Rondonópolis até Campo Verde.

A ferrovia estadual passará por 16 municípios e deverá gerar 100 mil empregos diretos e 100 mil indiretos. As obras, destaca a Rumo Logística, contarão com 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores, aproximadamente dois quilômetros de túneis e um total de 108 mil toneladas de trilhos.

Conforme o CEO da Rumo S.A., João Alberto Abreu, a expansão dos trilhos proporcionará não somente a saída de produtos do estado, mas como também a possibilidade de mercadorias serem trazidas. Além disso, destacou ele, empresas e indústrias devem ser atraídas, gerando assim mais emprego e renda.

“Seja através de fábricas de sementes, de proteína, esmagamento de soja, etanol de milho. Enfim, é uma infinidade de oportunidades que serão criadas ao longo desse projeto”, pontuou o CEO da Rumo S.A..

CEO da Rumo S.A. João Alberto Abreu, governador de Mato Grosso Mauro Mendes e ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio foto Mayke Toscano Secom-MT
CEO da Rumo S.A. João Alberto Abreu, governador de Mato Grosso Mauro Mendes e ministro da Infraestrutura Marcelo Sampaio. Foto: Mayke Toscano/ Secom-MT

Presente no lançamento da obra, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, frisou que a expansão dos trilhos para a região médio-norte trará grande impacto para o dia-a-dia da população e quem dependente da BR-163 para sua logística.

“Nós temos hoje o eixo da BR-163 estrangulado. É um dos grandes gargalos para o transporte rodoviário, para o escoamento de grãos. Quando falamos em investimentos ferroviários, não estamos apenas cuidando da atividade econômica do estado, da produção. Estamos cuidando das vidas das pessoas que passam por essa estrada e que terão muito mais segurança”, disse Mauro Mendes.

O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, também esteve presente. “Essa ferrovia é fruto do resultado do trabalho de um povo que não se furta a acreditar no país. É fundamental para fazer com que o Estado se torne cada vez mais competitivo, mais eficiente”.

Lançamento obras da Ferroria de Integração Estadual de Mato Grosso foto Mayke Toscano Secom-MT
Lançamento obras da Ferroria de Integração Estadual de Mato Grosso. Foto: Mayke Toscano/Secom-MT

Obras da ferrovia terão quatro frentes

As obras já iniciaram em Rondonópolis, de acordo com o CEO da Rumo S.A., João Alberto Abreu. “Teremos quatro frentes de obras. Estamos com muitas máquinas já trabalhando para fazer o primeiro viaduto sobre a BR-163. Ele é fundamental para que a logística funcione nos primeiros 50 quilômetros”.

Em Mato Grosso, a Rumo S.A. conta hoje com 300 quilômetros de trilhos e após a conclusão das obras até Lucas do Rio Verde passará para mais de mil quilômetros.

Redução de custos serão proporcionados

Presidente do Sistema Famato, Normando Corral, ressaltou que a chegada da ferrovia até Rondonópolis em 2012 auxiliou no crescimento do agronegócio mato-grossense. “A sua expansão até Nova Mutum, Lucas do Rio Verde vai melhorar o escoamento. Vai desafogar as estradas, baratear o custo do transporte”.

Prefeito de Campo Verde, Alexandre Lopes, comentou durante o lançamento das obras que para o município a expansão dos trilhos proporcionará ainda a redução de custos, em especial diante do frete. “Recurso esse que nós podemos estar destinando para outros investimentos, que fará com que o sistema produtivo seja cada vez mais impulsionado”.

 

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