Novamente o trecho entre das BRs-163/364 em Mato Grosso tem sido protagonista de problemas causados por buracos na pista. Além de servir como principal corredor de escoamento da safra para muitas propriedades, a via também é elo de ligação para o maior intermodal de cargas do estado, localizado em Rondonópolis.
A situação do trecho que compreende entre Cuiabá e Rondonópolis segue como assunto do episódio 75 do Patrulheiro Agro desta semana.
De acordo com o produtor rural de Jaciara, Ereno Giacomelli, os “maus tratos” logísticos em alguns trechos das duas rodovias federais, que se sobrepõem, têm causado transtornos para quem precisa utilizá-la e aumentado o custo na hora de transportar os grãos.
“A safra aqui da nossa região vai tudo para Rondonópolis e esse trecho, que a gente mais usa, está um caos. E, aí são vidas que vão na estrada, é produção que se perde, carreta que se tomba, caminhão que joga para cima de carro pequeno ou mesmo caminhão que joga para cima de caminhão para desviar de buracos. Aí acontecem acidentes. A situação é crítica”, lamenta o agricultor.
Conforme o diretor executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, a concessão que existe hoje na rodovia é basicamente para manutenção. “Dessa concessão da divisa com Mato Grosso do Sul até Sinop, uma concessão que não deu certo, não conseguiu tocar as obras. Ela está fazendo hoje basicamente a manutenção da rodovia”, pontua Vaz.
Manutenção e conservação são de competência do DNIT
A Rota do Oeste, concessionária responsável pelo trecho, informou que existem ao todo, 11 equipes que estão atuando nas obras de recuperação e manutenção ao longo de todo o trecho sob concessão.
Ainda de acordo com a Concessionária, as obras de manutenção e conservação no trecho das BRs-163/364 entre as duas cidades, são de responsabilidade Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
A reportagem do Canal Rural Mato Grosso entrou em contato com a DNIT, que respondeu em nota na íntegra:
“O DNIT informa que dialoga com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para se ter uma previsão de quando a concessionária irá assumir o segmento da BR-163/364/MT, entre Cuiabá e Rondonópolis. Enquanto isso, para preservar a segurança viária e o patrimônio federal, o DNIT mantém três contratos de manutenção ativos para a realização de serviços na rodovia. Além disso, com a liberação de novos recursos com a PEC da Transição e a Lei Orçamentária Anual (LOA 2023) estão sendo concentrados mais esforços nos trabalhos que visam a melhoria da rodovia.”
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*Sob supervisão de Luiz Patroni