O Grupo Inpasa adquiriu 50 vagões e duas locomotivas no valor de R$ 100 milhões. O objetivo do investimento, é dobrar a capacidade de movimentação de etanol no modal ferroviário, elevando o volume total transportado para 1,01 bilhão de litros ao ano.
Os vagões e locomotivas serão operados pela Rumo (empresa operadora de ferrovias) pelo prazo de dez anos, durante o período de locação da Inpasa, e após esse período a concessionária terá um ativo para uso por 30 anos.
Eles devem trafegar entre os trechos de Rondonópolis (MT) e Paulínia (SP), percorrendo aproximadamente 1,2 mil quilômetros, até chegar em São Paulo. O total percorrido pela via ferroviária representa 17 mil viagens de caminhões por ano nas estradas do país.
Otimização de custo e segurança ao transporte
O grupo é responsável por 10% do mercado nacional brasileiro de etanol, o que corresponde a 5,9 milhões de automóveis abastecidos. Além disso, a Inpasa exporta 100 milhões de litros ao ano, com certificação EU RED, para todos os países da União Europeia e Japão.
“Por meio da ferrovia, vamos otimizar o custo logístico e dar mais segurança ao transporte e entrega aos clientes”, afirma o diretor comercial de etanol da Inpasa Brasil, Gustavo Mariano Oliveira.
Com a vida útil dos vagões estimada em 40 anos, a Rumo deverá ter um ativo para uso por 30 anos após o período de término da locação pela Inpasa. A manutenção dos vagões é de responsabilidade da operadora. Além de representar um passo estratégico comercial, a parceria com a Inpasa vai de encontro aos planos de crescimento da Rumo no mercado de biocombustíveis.
“A Rumo já transporta aproximadamente 20% do volume do biocombustível do estado de São Paulo. Além disso, futuramente, com a conclusão das obras da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso, que estão sendo desenvolvidas pela Rumo, conseguiremos trazer ainda mais velocidade e dinamismo para o escoamento da produção”, afirma o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma
Equipamentos com alta tecnologia
Os vagões foram desenvolvidos e fabricados pela Greenbrier Maxion, em aço com baixa liga estrutural, com alta resistência mecânica e à corrosão atmosférica e com capacidade para 105 mil litros, um aumento de dois mil litros em relação ao modelo convencional.
Os veículos foram projetados para o carregamento superior e descarregamento inferior, com descarga central, além de serem equipados com o Engate tipo “E” Double Shelf com haste “F“, com operação rotativa inferior, mais robusto e antidesacoplamento, e com válvula sensora de carga.
De acordo com a fabricante, outro grande diferencial dos vagões é o truque tipo Motion Control® – Truques Premium, desenvolvido especificamente para as condições operacionais e de via permanente das ferrovias brasileiras, proporcionando, por meio da otimização do comportamento dinâmico do vagão, um aumento significativo da segurança operacional e vida útil dos componentes, além da redução no custo de manutenção.
Para Luis Gustavo Rocha Vilas Boas, diretor executivo de vendas e marketing da Greenbrier Maxion, a aquisição de ativos pelos chamados “usuários finais” tem crescido nos últimos anos.
“É um modelo de negócio novo e que demonstra o interesse das empresas em ampliar o transporte de carga por ferrovias, que é mais eficiente, seguro, sustentável e econômico”, destaca o diretor executivo de vendas e marketing da Greenbrier Maxion, Luis Gustavo.
Editado por: Alexia Oliveira*, de Cuiabá (MT)
*Sob supervisão de Viviane Petroli
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