DESENVOLVIMENTO

Dez meses após assumir a BR-163, governo de MT entrega primeiros 15 km de duplicação

Mais de R$ 1,6 bilhão em já foram contratados em obras de infraestrutura na BR-163 no período na rodovia considerada a principal rota de escoamento do estado

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

A BR-163, principal corredor de escoamento da produção agrícola de Mato Grosso, ganhou mais 15 quilômetros de duplicação na região médio-norte. O trecho está localizado entre o “Posto Gil” a Nova Mutum. A entrega, realizada na segunda-feira (18), ocorreu dez meses após o governo do estado assumir a concessão da rodovia.

A obra em questão é mais uma etapa da nova fase da concessão da BR-163, cujo controle acionário foi assumido pelo Poder Executivo mato-grossense em maio do ano passado, ação considerada inédita no país. Desde então, mais de R$ 1,6 bilhão foram contratos em obras de infraestrutura na rodovia.

“Pela confiança depositada, nós estamos devolvendo essa duplicação. Em menos de um ano já estamos com praticamente 200 quilômetros com ordens de serviços emitidas”, declarou o governador Mauro Mendes.

A expectativa, conforme o governador, é que até o final do ano 100% da BR-163 esteja licitada para a realização de obras em todo o trecho de concessão de aproximadamente 850 quilômetros, que vai da divisa com o Mato Grosso do Sul até Sinop.

O diretor presidente da concessionária Nova Rota do Oeste, Luciano Uchôa, pontuou ao Canal Rural Mato Grosso, que tendo todos os contratos assinados até o final do ano, “algumas obras começam esse ano e outras no ano que vem”.

Presente na entrega, o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Luciano Lourenço, destacou a capacidade do governo de Mato Grosso em solucionar um problema que vinha se arrastando.

“Isso o que aconteceu em Mato Grosso é inédito. Pela primeira vez temos uma relação entre público e público, embora seja regido pelo regime privado. É um exemplo [para outras concessões]. Inclusive, alguns instrumentos de governança que foram utilizados pela nossa fiscalização, em parceria com a concessionária, já estamos replicando em outros contratos de concessão”.

Um novo capítulo para o médio-norte

Além da entrega dos 15 quilômetros, foi assinada a ordem de serviço para mais 88 quilômetros da BR-163. A obra será entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde e o prazo de término é de dois anos.

De acordo com o governo de Mato Grosso, serão investidos R$ 670 milhões para duplicar e recuperar o trecho, incluindo a reformulação da travessia urbana de Nova Mutum e a construção de cinco viadutos e uma ponte sobre o Rio dos Patos.

“Isso marca um novo capítulo na história do desenvolvimento do nosso médio-norte”, disse o prefeito de Nova Mutum, Leandro Félix, ao Canal Rural Mato Grosso.

O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, ressaltou a duplicação da BR-163 é algo “tão sonhado e tão esperado”, que trará não somente impacto positivo social, mas como também econômico.

Título de rodovia da morte

Principal corredor de escoamento da produção de grãos de Mato Grosso, a BR-163 tem início no sul do país e fim no norte. Apesar de ser conhecida como “a rodovia que mais circula soja no mundo hoje”, como pontuado pelo presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, é também conhecida como “rodovia da morte”.

“Chega em boa hora essa duplicação. A gente sabe que o Fethab pesa no bolso do produtor, mas quando vemos o resultado, isso nos dá esperança. Com certeza vai melhorar ainda mais o custo do frete e trazer mais segurança não só para os motoristas e produtores, mas para todos que trafegam na rodovia”.

O presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, frisou que a situação vista até então da BR-163 “é um problema da população de Mato Grosso” e que “chega de ver acidente, de ver mortes. Essa rodovia tem que tirar esse título que tem sobre ela hoje”.

Durante a assinatura das obras entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, lembrou que o compromisso inicial do estado ao assumir a concessão era realizar todas as obras em oito anos.

“Nós já estamos chegando há 50% do objetivo. O nosso compromisso inicial era fazer isso em oito anos, mas agora já estamos revisitando esse compromisso, e queremos antecipar essa meta. E se Deus quiser talvez entregar isso em quatro anos, reduzindo a metade do tempo de espera”.


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