Adversidades climáticas, preços que hoje não cobrem os custos de produção e conflitos internacionais. Estes são apenas alguns dos desafios que o produtor rural brasileiro teve que enfrentar nos últimos anos, somados à forte escalada dos custos operacionais. Segundo especialistas, a busca por alternativas que visam reduzir custos e aumentar as margens de rentabilidade é essencial.
Entre as alternativas para minimizar custos está a importação de máquinas agrícolas. Se realizada de forma planejada, a economia pode chegar a 11%, conforme a desenvolvedora de novos negócios de uma empresa especializada em importação de máquinas, Amanda Verjovsky.
“No agronegócio, a importação se torna uma vantagem competitiva em diferentes quesitos, especialmente no caso das máquinas. Isso porque o mercado exterior oferece uma gama de tecnologias ainda não produzidas no país. Dessa forma, a compra nacional de máquinas pode ser mais cara, ainda que consideremos os impostos incidentes na operação”, comenta.
Amanda explica que equipamentos agrícolas podem se beneficiar da redução do II de 11% a 0% quando importadas, caso estejam listados como “ex-tarifários”, de acordo com a Classificação Fiscal adequada.
A lista de máquinas importadas engloba trator agrícola, colheitadeiras, plantadeira, pulverizador agrícola, grade aradora, arado de disco, roçadeira, ensiladeira, semeadora, distribuidor de adubo, carreta agrícola, ceifadeira, retroescavadeira agrícola, cultivador, reboque agrícola, segadeira, desintegrador de palha, espalhador de calcário, trilhadeira e triturador de grãos.
Ainda de acordo com a especialista, o processo de financiamento pode ser executado por meio de leasing (contrato em que a arrendadora ou locadora adquire um bem escolhido por seu cliente para, em seguida, alugá-lo por um prazo determinado). A estratégia permite maior flexibilidade financeira, facilidade de pagamento, além de custos logísticos otimizados com a redução do ICMS.
O modelo de importação, salienta ela, vale para modelos novos e usados, respeitando as particularidades de cada caso.
“Quando se trata de insumos agrícolas, a importação de fertilizantes se destaca. Em 2023, foi o segundo produto mais nacionalizado pelo Brasil, visto que o país é um dos maiores importadores do segmento devido à demanda agrícola. Na compra internacional de insumos, os custos também podem ser otimizados com um planejamento logístico e fiscal”, diz a desenvolvedora de novos negócios.
Clique aqui, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Canal Rural Mato Grosso e receba notícias em tempo real.