Mato Grosso vive um momento de seca, baixa umidade do ar e cerca de 150 dias sem chuvas. Esses fatores contribuem para o aumento de incêndios tanto em áreas florestais, quanto em propriedades rurais devido a palhada, considerada de suma importância para a safra que está chegando, e pastagem.
O impacto das queimadas é considerado devastador pelo setor produtivo de Mato Grosso, pois atrapalha os nutrientes no solo e reduz a produtividade.
Conforme o gerente de sustentabilidade da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Alexandre Glauco, ao Conexão FPA-MT desta semana, o impacto com as queimadas é devastador porque atrapalha o solo e a produtividade nas lavouras.
“Isso mata a vegetação nativa, não só a área produtiva e acaba com fauna e flora. Atrapalha muito no monitoramento, na prevenção e em diagnosticar rapidamente os focos. Um incêndio de alta proporção que derruba uma rede de energia, de telefone pode deixar uma cidade inteira sem comunicação ”, explica Alexandre.
Quando o assunto é incêndio, a conectividade também é um ponto chave uma vez que as estruturas podem cair, ao invés de ajudar os produtores na busca por prevenções e soluções.
O deputado estadual, Diego Guimarães (Republicanos-MT), comenta que a conectividade está ligada a tudo e que quando há uma queimada, todo o investimento nesse setor, fica prejudicado.
“Existe um outro efeito nisso que é o custo de reparação nessa rede, de uma forma ou outra, é repassado na tarifa. São investimentos que precisam ser refeitos por conta de uma queimada”, pontua Diego.
Diante dos problemas gerados pelo fogo, algumas ações efetivas são tomadas. Um exemplo disso, é a perfuração de poços artesianos para a extração de água na Transpantaneira. Ao todo, cerca de oito poços foram feitos.
“A Assembleia Legislativa de Mato Grosso está bem preocupada com todas essas vertentes que tocam os impactos negativos por consequência dos incêndios”, diz Diego.
Prevenção começa antes da seca no estado
A prevenção de incêndios no estado se inicia quando a estiagem começa em Mato Grosso. Alexandre frisa que no começo da estiagem a poda, o acero e a roçada já devem ser realizados. Isso porque, quando o local secar, a limpeza fará com que o fogo não se propague.
“Na Aprosoja-MT nós vamos ao campo junto com os produtores, sindicatos rurais, com a secretaria de meio ambiente fazendo o trabalho de conscientização e explicando que o fogo não é a melhor ferramenta para a produção, muito pelo contrário. Desde o início do ano nós fazemos esses trabalhos que são contínuos”, conta Alexandre.
A limpeza de aceiros, nas margens das rodovias, é de extrema importância para evitar chamas adiante. O conflito nessa manutenção é a fiscalização ambiental nas áreas de reserva.
A comissão de meio ambiente da ALMT já entrou em discussões com a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT), uma vez que a legislação é extremamente rígida.
“Na medida do equilíbrio, do cuidado e razoabilidade, os produtores devem pedir autorização do órgão ambiental para não ter problemas ambientais”, finaliza Diego.
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