NESTE FINAL DE SEMANA

Vazio Sanitário da soja começa neste sábado (8) em Mato Grosso 

Segundo o Mapa, essa mudança ocorreu em função das adversidades climáticas que impactaram as últimas safras e também, diante das sugestões encaminhadas por outros estados

O vazio sanitário da soja em Mato Grosso, referente à safra 2024/25 começa neste sábado (8) e vai até 6 de setembro. Nesses próximos 90 dias, os agricultores não podem plantar e nem manter plantas vivas do grão no campo. A medida fitossanitária, este ano, teve início mais cedo. 

Consequentemente, o período de semeadura começa mais cedo no estado e vai de 7 de setembro a 7 de janeiro de 2025. As informações constam na Portaria nº 1.111 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). 

De acordo com o ministério, essa mudança ocorreu em função das adversidades climáticas que impactaram as últimas safras e também, diante das sugestões encaminhadas por vários outros estados. 

calendário vazio sanitário da soja
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

Alteração preocupa produtores de gergelim 

Um dos pontos de alerta com a mudança no calendário é quanto à cultura do gergelim. Conforme a gerente de defesa agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Jerusa Rech, a flexibilização para o mês de janeiro, auxiliará se houver um atraso nas chuvas. 

gergelim foto pedro silvestre canal rural mato grosso
Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

“Essa antecipação do início do calendário, principalmente do vazio sanitário, gera um pouco de preocupação, porque na última safra alguns produtores deixaram de plantar milho e foram para o gergelim”, pontuou Jerusa ao programa Direto ao Ponto do Canal Rural Mato Grosso. 

Ela comentou ainda que o gergelim é uma cultura tardia que exige menos água e que nesta safra, registrou um aumento de 62% na sua área. 

“A gente tem o problema do controle da soja guaxa dentro da lavoura de gergelim. Isso é uma preocupação que chegou até nós, porque temos muitos produtores de soja, principalmente na região leste, que o plantaram e estão com as lavouras à campo. Isso gera uma preocupação quanto à forma que o nosso órgão de defesa vai atuar em cima dessas lavouras”, explicou.


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