A safra 2024/25 de soja deverá ser ainda mais desafiadora para o produtor mato-grossense. Isso porque o Custo Operacional Efetivo (COE) apresenta um aumento de 1,26% no comparativo com a temporada 2023/24. As projeções apontam um valor de R$ 5.704,70 por hectare.
Estimativa do Acompanhamento dos Custos das Produções Agropecuárias de Mato Grosso (Acapa-MT), realizado pelo Senar-MT e pelo Imea, pontua que tal incremento observado decorre dos custos elevados para o próximo ciclo e a pressão dos preços da soja futura.
“Analisando o Ponto de Equilíbrio (PE) para a safra, no qual foi utilizada a média da produtividade das últimas cinco safras para calcular o indicador, nota-se que o preço negociado em janeiro, de R$ 96,05 a saca, já não cobre o custo com o COE, que ficou estimado em R$ 98,02 a saca”.
No mercado disponível a saca de 60 quilos de soja em Mato Grosso encerrou o dia 26 de fevereiro cotada em média a R$ 95,38. Valor também abaixo do necessário para cobrir os custos.
Mão de obra e impostos pesam
De acordo com o levantamento do projeto Acapa-MT, o Custeio deverá saltar de R$ 4.124,47 por hectare da safra 2023/24 para R$ 4.151,61 na 2024/25. Tal incremento é puxado, principalmente, pela mão de obra que na nova estimativa apresenta um custo de R$ 209,71 por hectare, acima dos R$ 150,46 da temporada passada.
Outro fator a puxar a alta do Custeio é o desembolso com impostos e taxas. As perspectivas apontam para um saldo de R$ 233,61 por hectare na safra 2024/25, superior aos R$ 207,89 do consolidado da 2023/24.
“Por fim, esse cenário de margens apertadas poderá influenciar no investimento do produtor
para o próximo ciclo, como a manutenção ou queda da área destinada para cultivo, redução nas aplicações e menor investimento em pacote tecnológico, o que pode comprometer o rendimento da safra”, salienta o Imea em seu boletim semanal da soja.
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