IMEA

Relação de troca na soja em MT aponta cenário desafiador na 25/26

Custeio da soja registra alta de quase 4% na variação mensal, creditado à valorização dos insumos, segundo estudo

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Foto: Pedro Silvestre/Canal Rural Mato Grosso

Produtores de soja em Mato Grosso que optaram em realizar relação de troca (barter) para a temporada 2025/26, diante da elevação dos custos e necessidade de aquisição dos produtos, enfrentam um cenário desfavorável para alguns insumos. É o que mostra o Custo de Produção Agropecuário de Mato Grosso (CPA), divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Conforme o levantamento, o custeio em março foi projetado em R$ 4.118,61 por hectare, alta de 3,75% em comparação à safra anterior. Segundo o Instituto, o aumento é creditado, principalmente, à valorização dos preços dos insumos.

Para se ter uma ideia, fertilizantes e corretivos subiram 1,98% na variação mensal com fevereiro e ficaram cotados em R$ 1.878,66. O incremento foi puxado pelo acréscimo observado de 2,40% nos macronutrientes e de 1,10% nos micronutrientes.

O Imea aponta em seu boletim semanal da soja, divulgado nesta segunda-feira (21), que “ao analisarmos os dados de março, observa-se que a relação de troca com o Super Simples (SSP) e o MAP exigia, do produtor de Mato Grosso, a entrega de 24,98 e 45,26 sacas de soja por tonelada, respectivamente”.

O Instituto ressalta que ao se comparar “com o mesmo período do ano anterior, isso representa um aumento de 29,97% para o SSP e 18,23% para o MAP”.

“É importante destacar que alguns produtores irão custear parte, ou até mesmo toda a safra, por meio do barter, o que poderá representar um desafio adicional para o equilíbrio das despesas da atividade”, frisa.


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