COMPLEXO DE DOENÇAS

Plantio lento da soja nesta safra exige mais atenção dos agricultores

Especialistas reforçam a necessidade de ações preventivas, adotando um manejo focado no complexo de doenças da cultura

O plantio mais lento da soja em Mato Grosso nesta safra 2023/24 exige mais atenção dos agricultores quanto ao complexo de doenças da cultura, em especial a ferrugem asiática. Especialistas orientam para a necessidade de ações preventivas.

As chuvas em Mato Grosso seguem irregulares, tanto que nesta semana o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) autorizou o prolongamento da semeadura da soja até o dia 13 de janeiro de 2024.

Levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que aproximadamente 5% da área cultivada nesta temporada 2023/24 precisou ser replantada no estado. Além disso, a previsão de área de 12,222 milhões de hectares foi recuada para 12,131 milhões, uma vez que alguns produtores optaram em destinar a área não semeada com a oleaginosa para outras culturas, como o algodão.

“O que mais nos preocupa em relação ao complexo de doenças é que o cenário brasileiro é acometido por muitas doenças, principalmente manchas folheares”, comenta Mariana Dossin, especialista de desenvolvimento técnico de Mercado Sênior da BASF.

Conforme a especialista, quando se avança a janela de plantio, como em 2023, ano com uma das maiores janelas de semeadura do estado, a complexidade de doenças amplia, em especial quando se diz respeito a ferrugem asiática.

“Se não fizermos o manejo preventivo, apesar das altas temperaturas, vamos ter problemas muito sérios com doenças, que no momento em que estiverem ideais a temperatura e a umidade, esses inóculos que já estão presentes vão estar causando cada vez mais problemas na soja ao longo do seu ciclo”, diz a especialista da BASF.

Podridão dos grãos de soja

Ainda de acordo com Mariana Dossin, outra preocupação que ronda a cultura da soja e tem o clima como fator de impacto é a podridão de grãos. Ela destaca que até o momento as pesquisas realizadas não apontam qual o patógeno responsável pela situação.

“A gente sabe que ela se trata de um complexo de podridões. Existem mais de cinco, seis gêneros que estão envolvidos, mas um dos fatores determinantes para acontecer complexos de podridão é o fator climático. O clima determina muito isso”.


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