
O vazio sanitário da soja termina neste sábado (6) e, no domingo (7), as lavouras de Mato Grosso podem finalmente receber as sementes. Apesar da liberação, a cautela é recomendada: as previsões indicam chuvas insuficientes nos próximos dias, o que pode comprometer a semeadura imediata.
A perspectiva é que nesta nova temporada o estado semeie mais de 13 milhões de hectares, o que representa uma ampliação de 1,67% em comparação com o ciclo 2024/25.
“A reposição do déficit hídrico no estado é fundamental para o início dos trabalhos a campo”, alerta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) em seu boletim semanal de soja.
O Instituto destaca que, segundo o NOAA, “nos próximos dias o volume de chuvas deverá ser insuficiente para viabilizar a semeadura logo após o término do vazio sanitário, na maior parte de Mato Grosso”. O cenário se assemelha ao observado no ano passado, quando houve atraso inicial das precipitações, mas a regularização ocorreu ao final do mês.
Além disso, a previsão para o fenômeno El Niño–Oscilação Sul (ENOS) ainda indica neutralidade, condição que tende a favorecer uma melhor distribuição das chuvas no estado. Especialistas ressaltam que “um atraso mais acentuado das precipitações pode resultar em concentração das áreas tanto na semeadura quanto na colheita”.
Em termos de produtividade, a previsão é uma queda de 8,81%, devendo ficar em média de 60,45 sacas por hectare. As projeções, conforme o Imea, são consideradas “conservadoras” visto “variáveis indefinidas que podem afetar a produtividade, como o comportamento climático, a incidência de pragas e doenças e o nível efetivo de investimento por parte dos produtores”.
Diante da perspectiva de produtividade, mesmo com aumento de área, a produção de soja em Mato Grosso para a safra 2025/26 foi estimada em 47,18 milhões de toneladas, retração de 7,29% em relação à temporada anterior.
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